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29/03/2007
-
14h09
KAREN CAMACHO
da Folha Online
O presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, negou nesta quinta-feira que o governo tenha pedido ou influenciado na decisão de comprar a Varig, em acordo fechado ontem numa operação que atinge US$ 320 milhões.
O pai do presidente da Gol, Constantino de Oliveira, disse ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria pedido para que a Gol salvasse a Varig.
Hoje, Constantino Júnior disse que a conversa entre o presidente e seu pai ocorreu em um encontro casual e que Lula, na verdade, não pediu nada, apenas reforçou a informação de que a Varig estava a venda. "Isso foi antes do leilão. O governo não exerceu qualquer influência sobre a decisão da Gol", disse Constantino Júnior.
O presidente da Gol também negou que o governo tenha dado qualquer garantia à empresa de que os passivos trabalhistas ou dívidas antigas da Varig recaiam sobre a Gol. "O governo não poderia dar garantias comerciais e nem a Gol ousaria pedir isso", afirmou.
A Varig, para Constantino Júnior, mesmo após passar por processo de recuperação judicial, desperta a simpatia dos passageiros e "está presente na memória" das pessoas. Por isso, segundo ele, a marca e os funcionários "engajados" serão mantidos.
Negócio
A compra da Varig pela Gol foi fechada ontem por US$ 320 milhões, sendo US$ 275 milhões para aquisição do controle, além de mais R$ 100 milhões relativos ao compromisso de honrar debêntures (títulos) emitidas pela Varig. O pagamento de US$ 275 milhões será feito com 10% de seu caixa (US$ 98 milhões) e com a entrega de cerca de 6,1 milhões de ações preferenciais emitidas, que representam aproximadamente 3% do total de papéis da companhia.
O negócio ainda está sujeito à obtenção das aprovações das autoridades regulatórias, incluindo o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
A compra da nova Varig foi feita por meio de uma empresa chamada GTI S.A, subsidiária da Gol, o que evita possíveis riscos de contaminação dos passivos bilionários da antiga Varig, que tem dívidas trabalhistas, tributárias e previdenciárias --elas não serão assumidas pela Gol.
Na entrevista concedida nesta quinta-feira, Constantino reafirmou que a Gol está livre de qualquer dívida antiga, incluindo o aporte de US$ 17 milhões feito pela LAN Chile, quando esta empresa também disputava a compra da nova Varig.
Liderança
Ao comprar a Varig, a Gol ainda não tem liderança do mercado, que é da TAM, mas chega mais perto da concorrente e, no futuro, pode brigar pela liderança.
Em fevereiro, a Gol apareceu em segundo lugar na participação de mercado nos vôos internacionais, com 18,94%, atrás apenas da TAM, que tem 61,01%. A Nova Varig estava em terceiro, com 11,82% dos passageiros transportados por companhias aéreas. A BRA tinha 7,89% de participação.
No mercado doméstico, TAM e Gol abocanham juntas 87,59% do segmento. A TAM fica com 47,33% e a Gol, 40,26%. A Nova Varig detém 4,57% das linhas domésticas, à frente da BRA (2,98%) e da OceanAir (2,04%).
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da Folha Online
O presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, negou nesta quinta-feira que o governo tenha pedido ou influenciado na decisão de comprar a Varig, em acordo fechado ontem numa operação que atinge US$ 320 milhões.
O pai do presidente da Gol, Constantino de Oliveira, disse ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria pedido para que a Gol salvasse a Varig.
Hoje, Constantino Júnior disse que a conversa entre o presidente e seu pai ocorreu em um encontro casual e que Lula, na verdade, não pediu nada, apenas reforçou a informação de que a Varig estava a venda. "Isso foi antes do leilão. O governo não exerceu qualquer influência sobre a decisão da Gol", disse Constantino Júnior.
O presidente da Gol também negou que o governo tenha dado qualquer garantia à empresa de que os passivos trabalhistas ou dívidas antigas da Varig recaiam sobre a Gol. "O governo não poderia dar garantias comerciais e nem a Gol ousaria pedir isso", afirmou.
A Varig, para Constantino Júnior, mesmo após passar por processo de recuperação judicial, desperta a simpatia dos passageiros e "está presente na memória" das pessoas. Por isso, segundo ele, a marca e os funcionários "engajados" serão mantidos.
Negócio
A compra da Varig pela Gol foi fechada ontem por US$ 320 milhões, sendo US$ 275 milhões para aquisição do controle, além de mais R$ 100 milhões relativos ao compromisso de honrar debêntures (títulos) emitidas pela Varig. O pagamento de US$ 275 milhões será feito com 10% de seu caixa (US$ 98 milhões) e com a entrega de cerca de 6,1 milhões de ações preferenciais emitidas, que representam aproximadamente 3% do total de papéis da companhia.
O negócio ainda está sujeito à obtenção das aprovações das autoridades regulatórias, incluindo o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
A compra da nova Varig foi feita por meio de uma empresa chamada GTI S.A, subsidiária da Gol, o que evita possíveis riscos de contaminação dos passivos bilionários da antiga Varig, que tem dívidas trabalhistas, tributárias e previdenciárias --elas não serão assumidas pela Gol.
Na entrevista concedida nesta quinta-feira, Constantino reafirmou que a Gol está livre de qualquer dívida antiga, incluindo o aporte de US$ 17 milhões feito pela LAN Chile, quando esta empresa também disputava a compra da nova Varig.
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Ao comprar a Varig, a Gol ainda não tem liderança do mercado, que é da TAM, mas chega mais perto da concorrente e, no futuro, pode brigar pela liderança.
Em fevereiro, a Gol apareceu em segundo lugar na participação de mercado nos vôos internacionais, com 18,94%, atrás apenas da TAM, que tem 61,01%. A Nova Varig estava em terceiro, com 11,82% dos passageiros transportados por companhias aéreas. A BRA tinha 7,89% de participação.
No mercado doméstico, TAM e Gol abocanham juntas 87,59% do segmento. A TAM fica com 47,33% e a Gol, 40,26%. A Nova Varig detém 4,57% das linhas domésticas, à frente da BRA (2,98%) e da OceanAir (2,04%).
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