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29/03/2007
-
16h22
KAREN CAMACHO
da Folha Online
O presidente da Gol Linhas Aéreas, Constantino Oliveira Junior, disse nesta quinta-feira que as rotas internacionais da Varig devem ser totalmente retomadas em até 12 meses. O prazo para não perder as rotas junto à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) vence em junho, mas Constantino adiantou que pedirá prorrogação do prazo para a agência.
Para retomar os vôos internacionais da Varig, Constantino disse que vai alugar mais aviões --ele não disse o número-- e que, no futuro, vai fazer uma concorrência entre os fabricantes Boeing e Airbus para comprar novas aeronaves. Já a Gol continuará com frota apenas da Boeing.
A Varig quer retomar os destinos internacionais que deixou de voar. Entre eles, a empresa deve voltar a voar para Madri, Milão, Paris, Londres, Cidade do México, Santiago, Bogotá e Caracas.
Constantino afirmou ainda que a Varig deverá retomar parcerias com outras companhias aéreas internacionais. Ele, no entanto, não disse quais empresas ou grupo de companhias aéreas que a Varig deverá se filiar. No final do ano passado, a Varig deixou a Star Alliance, grupo que compartilhava programa de milhagem com a United Airlines, Air Canada, Lufthansa, South African Airways, Swiss e TAP Portugal, entre outras.
Negócio
A compra da Varig pela Gol foi fechada ontem por US$ 320 milhões, sendo US$ 275 milhões para aquisição do controle, além de mais R$ 100 milhões relativos ao compromisso de honrar debêntures (títulos) emitidas pela Varig. O pagamento de US$ 275 milhões será feito com 10% de seu caixa (US$ 98 milhões) e com a entrega de cerca de 6,1 milhões de ações preferenciais emitidas, que representam aproximadamente 3% do total de papéis da companhia.
O negócio ainda está sujeito à obtenção das aprovações das autoridades regulatórias, incluindo o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
A compra da nova Varig foi feita por meio de uma empresa chamada GTI S.A, subsidiária da Gol, o que evita possíveis riscos de contaminação dos passivos bilionários da antiga Varig, que tem dívidas trabalhistas, tributárias e previdenciárias --elas não serão assumidas pela Gol.
Na entrevista concedida nesta quinta-feira, Constantino reafirmou que a Gol está livre de qualquer dívida antiga, incluindo o aporte de US$ 17 milhões feito pela LAN Chile, quando esta empresa também disputava a compra da nova Varig.
Liderança
Ao comprar a Varig, a Gol ainda não tem liderança do mercado, que é da TAM, mas chega mais perto da concorrente e, no futuro, pode brigar pela liderança.
Em fevereiro, a Gol apareceu em segundo lugar na participação de mercado nos vôos internacionais, com 18,94%, atrás apenas da TAM, que tem 61,01%. A Nova Varig estava em terceiro, com 11,82% dos passageiros transportados por companhias aéreas. A BRA tinha 7,89% de participação.
No mercado doméstico, TAM e Gol abocanham juntas 87,59% do segmento. A TAM fica com 47,33% e a Gol, 40,26%. A Nova Varig detém 4,57% das linhas domésticas, à frente da BRA (2,98%) e da OceanAir (2,04%).
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O presidente da Gol Linhas Aéreas, Constantino Oliveira Junior, disse nesta quinta-feira que as rotas internacionais da Varig devem ser totalmente retomadas em até 12 meses. O prazo para não perder as rotas junto à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) vence em junho, mas Constantino adiantou que pedirá prorrogação do prazo para a agência.
Para retomar os vôos internacionais da Varig, Constantino disse que vai alugar mais aviões --ele não disse o número-- e que, no futuro, vai fazer uma concorrência entre os fabricantes Boeing e Airbus para comprar novas aeronaves. Já a Gol continuará com frota apenas da Boeing.
A Varig quer retomar os destinos internacionais que deixou de voar. Entre eles, a empresa deve voltar a voar para Madri, Milão, Paris, Londres, Cidade do México, Santiago, Bogotá e Caracas.
Constantino afirmou ainda que a Varig deverá retomar parcerias com outras companhias aéreas internacionais. Ele, no entanto, não disse quais empresas ou grupo de companhias aéreas que a Varig deverá se filiar. No final do ano passado, a Varig deixou a Star Alliance, grupo que compartilhava programa de milhagem com a United Airlines, Air Canada, Lufthansa, South African Airways, Swiss e TAP Portugal, entre outras.
Negócio
A compra da Varig pela Gol foi fechada ontem por US$ 320 milhões, sendo US$ 275 milhões para aquisição do controle, além de mais R$ 100 milhões relativos ao compromisso de honrar debêntures (títulos) emitidas pela Varig. O pagamento de US$ 275 milhões será feito com 10% de seu caixa (US$ 98 milhões) e com a entrega de cerca de 6,1 milhões de ações preferenciais emitidas, que representam aproximadamente 3% do total de papéis da companhia.
O negócio ainda está sujeito à obtenção das aprovações das autoridades regulatórias, incluindo o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
A compra da nova Varig foi feita por meio de uma empresa chamada GTI S.A, subsidiária da Gol, o que evita possíveis riscos de contaminação dos passivos bilionários da antiga Varig, que tem dívidas trabalhistas, tributárias e previdenciárias --elas não serão assumidas pela Gol.
Na entrevista concedida nesta quinta-feira, Constantino reafirmou que a Gol está livre de qualquer dívida antiga, incluindo o aporte de US$ 17 milhões feito pela LAN Chile, quando esta empresa também disputava a compra da nova Varig.
Liderança
Ao comprar a Varig, a Gol ainda não tem liderança do mercado, que é da TAM, mas chega mais perto da concorrente e, no futuro, pode brigar pela liderança.
Em fevereiro, a Gol apareceu em segundo lugar na participação de mercado nos vôos internacionais, com 18,94%, atrás apenas da TAM, que tem 61,01%. A Nova Varig estava em terceiro, com 11,82% dos passageiros transportados por companhias aéreas. A BRA tinha 7,89% de participação.
No mercado doméstico, TAM e Gol abocanham juntas 87,59% do segmento. A TAM fica com 47,33% e a Gol, 40,26%. A Nova Varig detém 4,57% das linhas domésticas, à frente da BRA (2,98%) e da OceanAir (2,04%).
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