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30/03/2007 - 16h22

OceanAir critica duopólio no setor aéreo e diz que consumidor perde

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KAREN CAMACHO
da Folha Online

O presidente da OceanAir, Carlos Ebner, criticou hoje o duopólio formado por TAM e Gol no mercado de aviação comercial e disse que o consumidor pode ser prejudicado com a concentração entre as duas empresas.

No mercado doméstico, TAM e Gol abocanharam juntas 87,59% do segmento em fevereiro. A TAM fica com 47,33% e a Gol, 40,26%. A Nova Varig detém 4,57% das linhas domésticas, à frente da BRA (2,98%) e da OceanAir (2,04%).

Com a compra da Varig pela Gol, a concentração chega a 92,16% no mercado doméstico.

Ebner disse que ainda acredita que há espaço para uma terceira empresa no mercado e que a OceanAir vai disputar os passageiros da Varig, que demandam por um serviço diferenciado, além das rotas internacionais da companhia.

Para ele, a Gol vai implementar na Varig o mesmo serviço básico que usa em seus vôos. "A Gol comprou a Varig, que vai ficar como a Gol [em relação ao serviço]. Sobrou o passageiro da Varig, que busca comodidade e mais conforto", afirmou.

Para Ebner, o passageiro pode ficar sem muitas opções de preço e qualidade e, segundo ele, há muitas queixas de consumidores que se utilizaram das duas companhias e não ficaram satisfeitos, portanto demandam uma terceira opção.

A OceanAir aposta que um serviço diferenciado pode atrair passageiros e quer chegar em 2010 com 10% do mercado doméstico.

A companhia também anunciou hoje que deve receber, a partir de 2012, pelo menos sete aviões Boeing 787-8, nova aeronave da Boeing feita em 50% por composto de carbono e que promete economia de combustível e conforto aos passageiros.

No total, a Sinergy, grupo que controla a brasileira OceanAir e a colombiana Avianca, encomendou 20 aviões Boeing 787, sendo dez em contratos firmes e dez opções.

Negócio

A compra da Varig pela Gol foi fechada anteontem por US$ 320 milhões, sendo US$ 275 milhões para aquisição do controle, além de mais R$ 100 milhões relativos ao compromisso de honrar debêntures (títulos) emitidas pela Varig. O pagamento de US$ 275 milhões será feito com 10% de seu caixa (US$ 98 milhões) e com a entrega de cerca de 6,1 milhões de ações preferenciais emitidas, que representam aproximadamente 3% do total de papéis da companhia.

O negócio ainda está sujeito à obtenção das aprovações das autoridades regulatórias, incluindo o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

A compra da nova Varig foi feita por meio de uma empresa chamada GTI S.A, subsidiária da Gol, o que evita possíveis riscos de contaminação dos passivos bilionários da antiga Varig, que tem dívidas trabalhistas, tributárias e previdenciárias --elas não serão assumidas pela Gol.

O presidente da Gol, Constantino Oliveira Junior reafirmou que a Gol está livre de qualquer dívida antiga, incluindo o aporte de US$ 17 milhões feito pela LAN Chile, quando essa empresa também disputava a compra da nova Varig.

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