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09/05/2007 - 09h53

Petrobras e Bolívia irão discutir preço de refinarias nesta quarta

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da Folha Online

Representantes da Petrobras e membros do governo da Bolívia irão discutir nesta quarta-feira a oferta final feita nesta segunda-feira (7) pela empresa para a venda integral de suas duas refinarias no país vizinho.

Na segunda-feira, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, declarou que a estatal apresentou sua proposta final de venda, com "preço justo" --no que foi apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disse que se o "preço justo" não for pago, "nós temos que ir à Justiça internacional para rever os direitos da empresa".

A Bolívia quer pagar US$ 70 milhões pelas refinarias, mas a Petrobras acha que valem US$ 215 milhões (mas deve aceitar um valor menor, embora não tenha mencionado os valores apresentados na proposta que será discutida). As duas instalações, uma em Cochabamba e a outra em Santa Cruz, foram vendidas pelo Estado boliviano à Petrobras em 1999, numa licitação, por US$ 104 milhões.

A negociação deve ocorrer no Palácio Quemado, sede da Presidência boliviana.

Durante a reunião, o presidente da Petrobras na Bolívia, José Fernando de Freitas, e representantes da área jurídica da empresa deverão prestar formalmente a Vilegas esclarecimentos sobre a proposta de venda de 100% da participação da Petrobras nas refinarias.

O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, elogiou ontem os pronunciamentos feitos pelo presidente Evo Morales e pelo vice-presidente boliviano, Álvaro Garcia Linera, que teriam adotado, segundo Rondeau, tom 'absolutamente pacificador'.

Diante da reação do governo brasileiro ao decreto, que destacou a possibilidade de reflexos no relacionamento entre os dois países, o presidente boliviano disse ontem que aposta em um acordo com o Brasil.

Com um tom mais conciliador, Rondeau afirmou que a orientação por enquanto é a de tratar a questão entre a estatal boliviana YPFB e a brasileira Petrobras como uma questão comercial, 'com uma negociação em andamento'.

Entenda

Até a quinta-feira passada, quando ocorreu última rodada de negociações com a Bolívia, a estatal brasileira ainda considerava a possibilidade de manter uma participação minoritária nas refinarias bolivianas com um contrato de operação, o que foi descartado nesta semana.

Trata-se de uma resposta ao decreto assinado por Morales, que concedeu à YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) o monopólio da exportação do petróleo reconstituído e das gasolinas "brancas" produzidos pelas refinarias do país, o que afeta o fluxo de caixa das empresas.

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