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18/01/2008 - 11h12

Bush anuncia prévia de medidas para estimular economia dos EUA

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da Folha Online

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, anuncia nesta sexta-feira uma prévia de medidas classificadas de "temporárias e efetivas, para o curto prazo" para estimular a economia norte-americana. Segundo o porta-voz da Casa Branca Tony Fratto informou ontem, Bush discutiu as idéias com líderes do Congresso.

Fratto explicou que o presidente norte-americano apresentará o que considera "princípios" de um pacote de "estímulo efetivo" e "medidas políticas" que deveriam ser implementadas". Segundo Fratto, Bush considera que ainda é "muito cedo" para apresentar a proposta final.

Segundo o site do "Wall Street Journal", fontes próximas da Casa Branca disseram que um dos pontos defendidos por Bush é a restituição de US$ 500 em impostos por pessoa e um incentivo fiscal permitindo que as empresas eliminem entre 30% e 50% do custo de novos equipamentos.

Segundo outra fonte, a Bloomberg, a proposta do governo deve incluir restituição em impostos de US$ 800 para indivíduos e de US$ 1.600 para domicílios. Já as empresas poderão deduzir 50% do preço de compra de novos equipamentos neste ano.

Um acumulo de más notícias dos EUA tem arrastado os mercados mundiais nos últimos dias. Na quinta-feira, destaques para o declínio histórico no setor de construção civil, as perdas bilionários de um mais um gigante financeiro (o banco Merrill Lynch) e as palavras pouco animadoras de Ben Bernanke, titular do Federal Reserve (Fed, banco central americano), formaram a combinação que derruba os mercados.

A isso se somou o efeito da queda na atividade no setor manufatureiro : o Federal Reserve da Filadélfia (uma das 12 divisões regionais do Fed) informou que o índice de atividade ficou em -20,9 pontos neste mês, depois de apontar -1,6 ponto em dezembro. Foi o menor índice desde outubro de 2001, um mês depois dos ataques contra o World Trade Center em Nova York.

Na quarta-feira, abalaram os mercados a produção industrial nos EUA, que ficou estável em dezembro; o CPI, índice de preços ao consumidor dos EUA, que teve alta de 4,1% em 2007, a maior variação anual desde 1990; e o banco J.P. Morgan, que revelou um decréscimo da ordem de 34% no lucro deste quarto trimestre, para US$ 2,97 bilhões.

Um dia antes, as Bolsas caíram ao acompanhar o nervosismo generalizado com as perdas bilionárias de um dos maiores bancos dos EUA, o Citigroup; a inflação nos EUA (no atacado) mais alta que o esperado e o declínio muito acentuado das vendas no varejo.

Recessão

O "Livro Bege", documento em que o Federal Reserve (Fed, o BC americano) se baseia para definir sua taxa de juros, mostrou ontem um cenário econômico menos alarmante do que inicialmente se pensava.

Preparado por integrantes do Fed, o documento ressalta apenas a perspectiva de um crescimento menor dos EUA, mas sem sinalizar recessão. Os membros do Fed também não enfatizam pressões inflacionárias, o que favorece um possível corte dos juros básicos ainda neste mês, como esperado pelo mercado.

Hoje, porém, o presidente do Fed, Ben Bernanke, disse ao Congresso que o declínio no mercado imobiliário dos EUA deve ter custado ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do país mais de um ponto percentual no quarto trimestre e que ainda irá pesar sobre a expansão da economia americana "por boa parte deste ano também".

Ele defendeu ainda um plano de ação governamental como forma de evitar que o país caia em uma recessão e reforçou a disposição do Fed em promover cortes "substanciais" na taxa básica de juros, hoje em 4,25% ao ano, caso considere necessário.

A maioria dos analistas do setor financeiro aposta que o Fed deve decidir por uma redução da ordem de 0,50 ponto percentual em sua reunião deste mês, mas uma corrente mais "otimista" já fala em cortes de 0,75 ponto percentual.

 

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