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15/06/2009 - 18h29

Juíza revoga liminar que reintegrava ex-funcionário da USP ao cargo

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da Folha Online

A juíza Maria Aparecida Vieira Lavorini, da 26ª Vara do Trabalho de São Paulo, revogou nesta segunda-feira a liminar que ela mesma havia concedido ao ex-servidor da USP (Universidade de São Paulo), Claudionor Brandão,52, que determinava a volta dele ao cargo.

O Tribunal Regional do Trabalho não deu detalhes a respeito do que ela alegou para rever a decisão que havia tomado. Procurado, Brandão não quis comentar o assunto.

Leo Pinheiro/Futura Press
Ex-servidor da USP Claudionor Brandão, 52, um dos cabeças do sindicato dos trabalhadores da universidade e da atual paralisação
Ex-servidor da USP Claudionor Brandão, 52, um dos cabeças do sindicato dos trabalhadores da universidade e da atual paralisação

A USP havia sido comunicada da decisão na manhã desta segunda-feira. Em seguida os advogados da universidade enviaram documentos solicitando uma nova análise da magistrada.

Brandão trabalhava na Prefeitura do campus Butantã da USP e foi demitido em dezembro de 2008 pela reitora Suely Vilela. Um dos cabeças do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) e da atual paralisação --que hoje completa 42 dias-- ele já fez 12 greves e prega revolta armada.

Confronto

A readmissão de Brandão integra a pauta das reivindicações dos funcionários grevistas da USP. Os ânimos se acirraram na semana passada ao ponto de gerar um confronto entre a PM e estudantes na terça-feira (9).

Na ocasião manifestantes teriam atacado os policiais militares com pedras e paus. O sindicato de funcionários, entretanto, nega que os manifestantes tenham iniciado e diz que a PM que deu início à briga ao atirar bombas de efeito moral. Os DCE também afirmou que a manifestação era pacifica.

De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) o portão 1 de acesso à USP --localizada na rua Alvarenga-- chegou a ser bloqueado pelos manifestantes por mais de uma hora. Porém, por volta das 19h a via havia sido liberada, informou o órgão.

Os manifestantes pedem a reabertura das negociações com o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) e a retirada da PM do campus da USP.

Os grevistas querem reajuste salarial de 16%, mais R$ 200 fixos, além do fim de processos administrativos contra servidores e alunos que participaram de protesto anterior --que resultou em dano ao patrimônio.

As negociações entre o Cruesp e o Fórum das Seis estão paradas desde 25 de maio. Na ocasião, um grupo de estudantes invadiu a reitoria após os reitores impedirem parte dos alunos e um sindicalista de participar da reunião.

Comentários dos leitores
eduardo kawamura (1) 29/06/2009 11h39
eduardo kawamura (1) 29/06/2009 11h39
Prezados,
Entendo os motivos de grande parte das críticas tecidas aqui quanto à greve de professores e estudantes das Universidades paulistas. Entendo por que durante 30 anos anos achei que a Universidade Pública seria apenas um lugar de privilegiados, longe da realidade de um jovem pobre da zona leste de São Paulo. Depois de formado, resolvi prestar pedagogia da Unicamp, achando que poderia fazer alguma coisa por aqueles tantos que vi ficarem no caminho, excluídos. Pensei que deveria então montar uma escola, sei lá... a escola pública não tem jeito mesmo!! Conhecendo um pouco mais os mecanismos da educação, políticas públicas, Governo PSDB, pude perceber o quão nefasto era todo este sistema. Em qualquer país que se preste, a educação é de qualidade e gratuita, os professores são bem remunerados e bem formados, não pela internet, como quer o governador. Se alguém aqui realmente está preocupado com a educação pública, deve pensar nisso e acompanhar os projetos de lei aprovadas recentemente, as PLs da educação que precarizam ainda mais o trabalho dos professores. E quem achar que deve ser um"amigo da escola", não deve esquecer da quantidade de impostos que paga para ir lá pintar as paredes que estão caindo por falta de responsabilidade do Estado. Estamos apenas lutando para que todos possam ter o direito de cursar uma escola e universidade públicas com qualidade.
sem opinião
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Rodrigo Marcato (215) 26/06/2009 08h57
Rodrigo Marcato (215) 26/06/2009 08h57
É realmente triste ver a parcialidade de uma parte dos comentários aqui postados. Um que me chamou particularmente a atenção foi "esses grupos que se autodenominam 'antigrevistas' em parte devem ser de dissidentes de chapas que perderam a eleição para o DCE. Outro parece que são pessoas ligadas a partidos de direita e do governo". Ora, então quer dizer que não há nada errado em ligar-se a um partido de esquerda oposicionista mas a um de direita governista não pode? Que falta de bom senso, a esquerda universitária sempre foi filiada ao PSTU e ao seu discurso aberto contra um estrato da sociedade brasileira. Ou alguém desconhece o "contra burguês vote 16"? Ora, no caso dos estudantes dos DCEs e CAs eles SEMPRE gritaram pela derrubada do FHC enquanto este era presidente da república, e pelo meu entendimento isso também é conversa de derrotado em eleição. O que eles falavam basicamente é que o governo do FHC era ilegítimo e por isoo "fora FHC e fora FMI". O fato de ele ter sido bom ou mau presidente não tira a legitimidade que lhe foi conferida pelo voto popular. Se isso é permitido à esquerda porquê não deveria ser permitido à direita? Só acho que extremismo deve ser combatido, seja de esquerda ou de direita. 8 opiniões
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Flávio Ribeiro (11) 25/06/2009 18h35
Flávio Ribeiro (11) 25/06/2009 18h35
Olá Bruno, obrigado pelas informações que eu não sabia, eu tentei apenas simbolizar o quanto considero ultrapassado a concentração de representatividade política a poucos funcíonários.
Permita-me discordar caso esteja tentando dizer que o sistema político da Usp é perfeito ou mesmo "bom", um ambiente tão heterogênio deveria ter mais "focos" de poder político, onde alunos, representantes de cursos, funcionários teriam mais voz.
Como uma entidade pública de ensino e autônoma, ter todas as decisões rogadas a alguns eruditos e membros da sociedade, parece-me mínimamente "impositivo".
A melhora nos sistemas só acontesse quando há o maior número de cabeças pensando.
Aliás, se possível, explique melhor o sistema americano, se não, obrigado assim mesmo.
1 opinião
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