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Grupos pró e contra a greve da USP fazem três protestos hoje
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da Folha de S.Paulo
Grupos pró e contra a greve da USP realizam hoje três protestos: dois na Cidade Universitária (zona oeste de SP) e um na Assembleia Legislativa, que reunirá professores, estudantes e funcionários de Unicamp e Unesp.
O dia de protestos começa ao meio-dia, quando estudantes em greve fazem ato em frente à reitoria da USP, pedindo a saída da reitora Suely Vilela. Anteontem, eles decidiram que não negociariam com a reitoria enquanto ela estiver no cargo.
Os estudantes estão em greve desde o dia 5 deste mês, quando aderiram, com os docentes da USP, à paralisação dos funcionários iniciada um mês antes.
Entre as pautas da greve está aumento de 16% mais R$ 200 fixos (a reitoria oferece 6,05%), a readmissão de um funcionário sindicalista e o fim do ensino a distância.
Depois do ato, os estudantes da USP seguem para a Assembleia Legislativa. Lá, o protesto começará às 14h e pedirá o fim da Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo) e mais verbas para a educação.
Estudantes contrários à greve realizam uma passeata na USP, às 12h30, que sairá da FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade) e seguirá até a praça do Relógio. Eles protestam contra a greve e contra a violência.
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Entendo os motivos de grande parte das críticas tecidas aqui quanto à greve de professores e estudantes das Universidades paulistas. Entendo por que durante 30 anos anos achei que a Universidade Pública seria apenas um lugar de privilegiados, longe da realidade de um jovem pobre da zona leste de São Paulo. Depois de formado, resolvi prestar pedagogia da Unicamp, achando que poderia fazer alguma coisa por aqueles tantos que vi ficarem no caminho, excluídos. Pensei que deveria então montar uma escola, sei lá... a escola pública não tem jeito mesmo!! Conhecendo um pouco mais os mecanismos da educação, políticas públicas, Governo PSDB, pude perceber o quão nefasto era todo este sistema. Em qualquer país que se preste, a educação é de qualidade e gratuita, os professores são bem remunerados e bem formados, não pela internet, como quer o governador. Se alguém aqui realmente está preocupado com a educação pública, deve pensar nisso e acompanhar os projetos de lei aprovadas recentemente, as PLs da educação que precarizam ainda mais o trabalho dos professores. E quem achar que deve ser um"amigo da escola", não deve esquecer da quantidade de impostos que paga para ir lá pintar as paredes que estão caindo por falta de responsabilidade do Estado. Estamos apenas lutando para que todos possam ter o direito de cursar uma escola e universidade públicas com qualidade.
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Permita-me discordar caso esteja tentando dizer que o sistema político da Usp é perfeito ou mesmo "bom", um ambiente tão heterogênio deveria ter mais "focos" de poder político, onde alunos, representantes de cursos, funcionários teriam mais voz.
Como uma entidade pública de ensino e autônoma, ter todas as decisões rogadas a alguns eruditos e membros da sociedade, parece-me mínimamente "impositivo".
A melhora nos sistemas só acontesse quando há o maior número de cabeças pensando.
Aliás, se possível, explique melhor o sistema americano, se não, obrigado assim mesmo.
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