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15/11/2001
-
09h14
especial para a Folha de S.Paulo
Na época em que expressões como "irmãos de sangue" ou "pacto de sangue" transcendiam o caráter de parentesco biológico, o sangue representava um vínculo absoluto, inquebrável, eterno talvez. Venho procurando um texto que traga algo semelhante à "história do sangue", pois em seu nome muito já foi feito e desfeito.
O sangue já foi visto como fonte de males, de onde surgiam aquelas esdrúxulas práticas de sangrias em doentes, ou então como fonte máxima de amor e salvação. Creio que alguns relatos de caráter mais experimental sobre as propriedades desse "líquido cheio de células" tenham surgido por ocasião das guerras napoleônicas, quando as transfusões eram experimentadas nos campos de batalha, muitas delas sendo mais mortais que os próprios ferimentos dos soldados. Surgiram dali as noções de incompatibilidade sangüínea, o que, por sua vez, resultou em sistemas de "tipagem" sangüínea.
Hoje tratamos com simplicidade essas questões, e a maioria das pessoas carrega em suas memórias a classificação de seu sangue em dois sistemas básicos e independentes: o ABO e o Rh. Essa classificação se baseia na presença de algumas proteínas nas hemácias (antígenos) e no plasma circulante (anticorpos).
O sangue do tipo A indica a presença do antígeno A nas hemácias e do anticorpo anti-B no plasma. Para o B vale o inverso. O sangue do tipo AB indica presença de antígenos A e B e ausência dos dois anticorpos (caso contrário, haveria um processo de autodestruição). O sangue O não possui nenhum antígeno, mas pode "produzir" os dois anticorpos.
No sistema Rh, são classificados como positivos os portadores do antígeno Rh e como negativos os não-portadores, que podem produzir anticorpos anti-Rh.
Use agora sua memória e as informações acima para determinar quais são os doadores e os receptores universais. Exato: o doador universal é o portador de sangue O (preferencialmente Rh negativo), enquanto o receptor universal é o AB (preferencialmente Rh positivo).
E a genética básica associada ao tema? Você se lembra? Aqueles IAIA, IAi, IAIB, ii, RR, Rr, rr etc. Para ensaiar, tente montar um heredograma da sua família com os genótipos sangüíneos. Boa sorte.
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Antonio Carlos Osse é professor de ensino médio do Colégio Pueri Domus
Leia mais notícias de vestibular no Fovest Online
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Resumão/biologia - Uma história de sangue
ANTONIO CARLOS OSSEespecial para a Folha de S.Paulo
Na época em que expressões como "irmãos de sangue" ou "pacto de sangue" transcendiam o caráter de parentesco biológico, o sangue representava um vínculo absoluto, inquebrável, eterno talvez. Venho procurando um texto que traga algo semelhante à "história do sangue", pois em seu nome muito já foi feito e desfeito.
O sangue já foi visto como fonte de males, de onde surgiam aquelas esdrúxulas práticas de sangrias em doentes, ou então como fonte máxima de amor e salvação. Creio que alguns relatos de caráter mais experimental sobre as propriedades desse "líquido cheio de células" tenham surgido por ocasião das guerras napoleônicas, quando as transfusões eram experimentadas nos campos de batalha, muitas delas sendo mais mortais que os próprios ferimentos dos soldados. Surgiram dali as noções de incompatibilidade sangüínea, o que, por sua vez, resultou em sistemas de "tipagem" sangüínea.
Hoje tratamos com simplicidade essas questões, e a maioria das pessoas carrega em suas memórias a classificação de seu sangue em dois sistemas básicos e independentes: o ABO e o Rh. Essa classificação se baseia na presença de algumas proteínas nas hemácias (antígenos) e no plasma circulante (anticorpos).
O sangue do tipo A indica a presença do antígeno A nas hemácias e do anticorpo anti-B no plasma. Para o B vale o inverso. O sangue do tipo AB indica presença de antígenos A e B e ausência dos dois anticorpos (caso contrário, haveria um processo de autodestruição). O sangue O não possui nenhum antígeno, mas pode "produzir" os dois anticorpos.
No sistema Rh, são classificados como positivos os portadores do antígeno Rh e como negativos os não-portadores, que podem produzir anticorpos anti-Rh.
Use agora sua memória e as informações acima para determinar quais são os doadores e os receptores universais. Exato: o doador universal é o portador de sangue O (preferencialmente Rh negativo), enquanto o receptor universal é o AB (preferencialmente Rh positivo).
E a genética básica associada ao tema? Você se lembra? Aqueles IAIA, IAi, IAIB, ii, RR, Rr, rr etc. Para ensaiar, tente montar um heredograma da sua família com os genótipos sangüíneos. Boa sorte.
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Antonio Carlos Osse é professor de ensino médio do Colégio Pueri Domus
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