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22/11/2001
-
10h40
especial para a Folha de S.Paulo
Cientistas apontaram no relatório final do IPCC (Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas) da ONU que a temperatura média da Terra aumentou entre 0,3ºC e 0,6ºC no século 20 devido à elevada concentração de gases na atmosfera -CO2 (queima de combustíveis fósseis, atividade industrial, queimada de florestas), NO2 (ação das bactérias dos solos) e CH4 (decomposição de matéria orgânica).
Inegavelmente, a ação humana é responsável pela maior parte da emissão de gases estufa na atmosfera: cerca de 60% das emissões resultam da queima e produção de combustíveis fósseis (petróleo, gás natural do petróleo e carvão mineral), decorrentes dos modelos de desenvolvimento industrial e das políticas energéticas adotadas por países desenvolvidos (EUA, Federação Russa, Japão, Alemanha) e (mal) copiadas por países em processo de industrialização (República Popular da China, Índia).
Pesquisadores sustentam que, se a atual tendência for mantida, a temperatura da Terra poderá subir 3,5ºC até 2050, com conseqüências catastróficas: furacões, secas, derretimento das massas de gelo, elevação dos níveis dos oceanos, mudança nas dinâmicas dos ventos e chuvas, alteração dos ecossistemas e possível extinção de espécies da flora e da fauna, além do impacto econômico, sobretudo na agricultura.
Temendo isso, o Protocolo de Kyoto foi assinado em 1997, prevendo que entre 2008 e 2012, a emissão de gases estufa seja reduzida em 5% sobre os níveis de 1990, tido como o ano mais quente registrado.
Como os países ricos "queimam" 80% dos recursos da Terra, eles são os grandes responsáveis pelas mudanças no clima e devem começar a repensar as políticas industrial e energética.
Nesse caso, o vilão da história são os EUA, maior emissor de CO2 do mundo (25%) -país contrário à determinação de um limite de emissão de gases estufa, pois, com isso, teria de modificar o seu modelo econômico.
Independentemente da opinião do Tio Sam, a sétima conferência da ONU sobre mudança climática, ocorrida no Marrocos, estabeleceu que todos os governos são responsáveis pelo bem-estar das futuras gerações. Se o Protocolo de Kyoto não for respeitado e as previsões catastróficas se cumprirem, o mundo terá feito consigo aquilo que os Bin Ladens ainda não conseguiram.
______________________________________
Márcio Masatoshi Kondo é professor da Cia. de Ética, do Objetivo, Icec-Universitário, do Colégio Móbile e do CLQ-Objetivo
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Resumão/geografia - O aumento de calor na Terra
MÁRCIO MASATOSHI KONDOespecial para a Folha de S.Paulo
Cientistas apontaram no relatório final do IPCC (Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas) da ONU que a temperatura média da Terra aumentou entre 0,3ºC e 0,6ºC no século 20 devido à elevada concentração de gases na atmosfera -CO2 (queima de combustíveis fósseis, atividade industrial, queimada de florestas), NO2 (ação das bactérias dos solos) e CH4 (decomposição de matéria orgânica).
Inegavelmente, a ação humana é responsável pela maior parte da emissão de gases estufa na atmosfera: cerca de 60% das emissões resultam da queima e produção de combustíveis fósseis (petróleo, gás natural do petróleo e carvão mineral), decorrentes dos modelos de desenvolvimento industrial e das políticas energéticas adotadas por países desenvolvidos (EUA, Federação Russa, Japão, Alemanha) e (mal) copiadas por países em processo de industrialização (República Popular da China, Índia).
Pesquisadores sustentam que, se a atual tendência for mantida, a temperatura da Terra poderá subir 3,5ºC até 2050, com conseqüências catastróficas: furacões, secas, derretimento das massas de gelo, elevação dos níveis dos oceanos, mudança nas dinâmicas dos ventos e chuvas, alteração dos ecossistemas e possível extinção de espécies da flora e da fauna, além do impacto econômico, sobretudo na agricultura.
Temendo isso, o Protocolo de Kyoto foi assinado em 1997, prevendo que entre 2008 e 2012, a emissão de gases estufa seja reduzida em 5% sobre os níveis de 1990, tido como o ano mais quente registrado.
Como os países ricos "queimam" 80% dos recursos da Terra, eles são os grandes responsáveis pelas mudanças no clima e devem começar a repensar as políticas industrial e energética.
Nesse caso, o vilão da história são os EUA, maior emissor de CO2 do mundo (25%) -país contrário à determinação de um limite de emissão de gases estufa, pois, com isso, teria de modificar o seu modelo econômico.
Independentemente da opinião do Tio Sam, a sétima conferência da ONU sobre mudança climática, ocorrida no Marrocos, estabeleceu que todos os governos são responsáveis pelo bem-estar das futuras gerações. Se o Protocolo de Kyoto não for respeitado e as previsões catastróficas se cumprirem, o mundo terá feito consigo aquilo que os Bin Ladens ainda não conseguiram.
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Márcio Masatoshi Kondo é professor da Cia. de Ética, do Objetivo, Icec-Universitário, do Colégio Móbile e do CLQ-Objetivo
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