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29/11/2001
-
11h30
especial para a Folha de S.Paulo
O Tribunal Internacional Penal das Nações Unidas, sediado em Haia, na Holanda, indiciou, em maio de 1999, o então presidente da Iugoslávia, Slobodan Milosevic, responsabilizado pela "limpeza étnica" durante o conflito de Kosovo. O dirigente foi o primeiro chefe de Estado a sofrer uma ação penal internacional. Entregue ao tribunal em junho deste ano, ele aguarda na penitenciária de Scheveningen a conclusão do processo.
Também conhecido como o "carniceiro de Belgrado", Milosevic é acusado de crime contra a humanidade. Terá de responder por assassinatos, deportações, perseguições e pela violação à Convenção de Genebra, que define limites para as ações durante as guerras. Sua pena pode ser a prisão perpétua caso, além dos crimes de Kosovo, sejam arroladas as atrocidades cometidas durante a Guerra da Bósnia (1992-95).
O Conselho de Segurança da ONU criou dois tribunais "ad hoc" (especiais) para punir crimes ocorridos em dois contextos específicos. O Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia, criado em 93, com sede em Haia e, em novembro de 94, o Tribunal Internacional para Ruanda, com sede em Arusha (Tanzânia). A competência desses tribunais se limita aos atos cometidos nos respectivos conflitos e compreende ações consideradas crimes contra a humanidade. Além disso, a ONU tem investido na criação de um tribunal penal internacional permanente.
As discussões foram iniciadas em 94 quando a Assembléia Geral das Nações Unidas criou uma comissão encarregada de elaborar um projeto. Esse trabalho resultou numa Conferência Diplomática que ocorreu em Roma em 98 e lançou as bases para a criação dessa corte. Mais de 90 países, entre eles o Brasil, já assinaram o Estatuto de Roma. Mas sua implantação depende ainda da ratificação de 60 países.
Ainda que imprescindível para a humanidade, o futuro tribunal penal não terá poderes para processar e condenar crimes de terrorismo, haja vista que esses julgamentos serão realizados de acordo com as leis de cada país. Se Osama bin Laden ou o líder do Taleban, Mohamad Omar, forem presos, provavelmente serão julgados por um tribunal militar nos EUA. Contra os apelos da comunidade internacional, George W. Bush não deixou dúvida: essa não é uma questão para as Nações Unidas, mas um problema americano.
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Roberto Candelori é coordenador da Cia. de Ética e professor da Escola Móbile e do Objetivo
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Fovest - 29.nov.2001
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Quem foi mal na 1ª prova ainda tem chance de se recuperar
Confira algunas dicas para as provas deste domingo
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Português
Biologia
PROFISSÕES
Administrador tem amplo campo de atuação
Terceiro setor é nova opção de trabalho
Cursos de SP com conceito 'A' no provão
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Conselho quer normatizar abertura de cursos de medicina
Faculdades Rio Branco abrem novo campus
Internos da Febem expõem em São Paulo
Estudantes recebem gabarito errado do Enem
Vá ao Masp 'conhecer' a terra dos faraós
Resumão/atualidade - Milosevic em Haia
ROBERTO CANDELORIespecial para a Folha de S.Paulo
O Tribunal Internacional Penal das Nações Unidas, sediado em Haia, na Holanda, indiciou, em maio de 1999, o então presidente da Iugoslávia, Slobodan Milosevic, responsabilizado pela "limpeza étnica" durante o conflito de Kosovo. O dirigente foi o primeiro chefe de Estado a sofrer uma ação penal internacional. Entregue ao tribunal em junho deste ano, ele aguarda na penitenciária de Scheveningen a conclusão do processo.
Também conhecido como o "carniceiro de Belgrado", Milosevic é acusado de crime contra a humanidade. Terá de responder por assassinatos, deportações, perseguições e pela violação à Convenção de Genebra, que define limites para as ações durante as guerras. Sua pena pode ser a prisão perpétua caso, além dos crimes de Kosovo, sejam arroladas as atrocidades cometidas durante a Guerra da Bósnia (1992-95).
O Conselho de Segurança da ONU criou dois tribunais "ad hoc" (especiais) para punir crimes ocorridos em dois contextos específicos. O Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia, criado em 93, com sede em Haia e, em novembro de 94, o Tribunal Internacional para Ruanda, com sede em Arusha (Tanzânia). A competência desses tribunais se limita aos atos cometidos nos respectivos conflitos e compreende ações consideradas crimes contra a humanidade. Além disso, a ONU tem investido na criação de um tribunal penal internacional permanente.
As discussões foram iniciadas em 94 quando a Assembléia Geral das Nações Unidas criou uma comissão encarregada de elaborar um projeto. Esse trabalho resultou numa Conferência Diplomática que ocorreu em Roma em 98 e lançou as bases para a criação dessa corte. Mais de 90 países, entre eles o Brasil, já assinaram o Estatuto de Roma. Mas sua implantação depende ainda da ratificação de 60 países.
Ainda que imprescindível para a humanidade, o futuro tribunal penal não terá poderes para processar e condenar crimes de terrorismo, haja vista que esses julgamentos serão realizados de acordo com as leis de cada país. Se Osama bin Laden ou o líder do Taleban, Mohamad Omar, forem presos, provavelmente serão julgados por um tribunal militar nos EUA. Contra os apelos da comunidade internacional, George W. Bush não deixou dúvida: essa não é uma questão para as Nações Unidas, mas um problema americano.
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Roberto Candelori é coordenador da Cia. de Ética e professor da Escola Móbile e do Objetivo
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