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14/07/2007 - 14h57

EUA mantêm detido adolescente que planejou massacre em escola

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da Folha Online

Dois adolescentes de 15 e 17 anos foram presos e acusados de conspirar para atacar uma escola de Nova York no próximo aniversário do massacre de Columbine , no qual 15 pessoas morreram, informou a mídia americana neste sábado. O mais novo, tido como "cérebro" do plano, foi encaminhado para uma avaliação de duas semanas em um hospital pediátrico, enquanto o mais velho continua detido em uma penitenciária no Condado de Suffolk.

O plano dos adolescentes foi descoberto a partir de um diário no qual eles enumeram colegas como alvos. "Vou dar início a uma rede de terrorismo no mundo", escreveu no diário o acusado de 15 anos. "Isso vai entrar para a história. Vou pegar todos eles. Perfecto", completou.

20.abr.2007/AP
Familiares depositam flores em homenagem a mortos em ataque contra escola em Columbine
Familiares depositam flores em homenagem a mortos em ataque contra escola em Columbine

Eles planejavam matar colegas na escola Connetquot, em Bohemia, 80 km a leste da cidade de Nova York. Ambos foram acusados por um tipo leve de conspiração, que pode ser punido com no máximo um ano de prisão.

O advogado do adolescente de 17 anos, Robert Flick, disse que seu cliente dificilmente poderia ter qualquer culpa atribuída na suposta trama, segundo relatos da mídia. Ele alegou inocência em uma corte neste sábado.

Se não tivessem sido impedidos, a polícia afirma que os dois adolescentes atacariam a escola em 20 de abril de 2008 --nono aniversário do massacre da escola Columbine. O histórico ataque em Littleton, Colorado, terminou com 12 alunos, um professor e os dois estudantes responsáveis mortos a tiros. Os dois responsáveis cometeram o suicídio na escola.

Os dois acusados trabalhavam juntos em uma loja da cadeia McDonald's. O acusado de 15 anos foi recentemente suspenso por fazer ameaças contra a escola, informaram autoridades.

Plano

No dia 6 de julho, a direção da escola Connetquot obteve um diário escrito contendo "várias ameaças terroristas e planos para atacar o colégio em uma data futura", disse a polícia. O diário foi entregue à escola depois que o adolescente mais novo o esqueceu no estacionamento do McDonald's, onde foi encontrado por um funcionário.

O adolescente já havia tentado várias vezes comprar armas pela internet, incluindo explosivos e submetralhadoras. Ele foi encaminhado nesta sexta-feira por um juiz a uma avaliação médica em um hospital pediátrico, de acordo com o site Newsday.

A escola Connetquot tem mais de 2.000 estudantes. Uma das alunas da escola, Briana Valentino, 15, disse que já foi amiga do acusado mais novo e que acredita ser um dos alvos planejados do estudante. "Lembro que ele era fascinado por explodir coisas", afirmou Valentino.

Segundo ela, o acusado se tornou subitamente hostil a ela há um mês e eles deixaram de ser amigos. "Ele já havia me mostrado uns vídeos tiroteios na internet", completou.

Columbine

O oitavo aniversário do massacre de Columbine foi relembrado neste ano com homenagens às vítimas no Colorado. Na ação, os estudantes Eric Harris, 18, e Dylan Klebold, 17, mataram 12 estudantes e um professor antes de cometerem suicídio. Para marcar os oito anos do ataque, o governador do Estado do Colorado convocou a população a aderir a um minuto de silêncio.

O ataque deu origem ao documentário "Tiros em Columbine" (2002), dirigido por Michael Moore, que questiona o culto à violência e o fácil acesso às armas nos Estados Unidos.

O aniversário de oito anos da tragédia ocorreu na mesma semana de um novo massacre, desta vez contra o campus do Instituto Tecnológico da Virgínia, que deixou 32 mortos no dia 16 de abril deste ano.

O autor do ataque, o estudante sul-coreano Cho Seung-hui, 23, comprou legalmente uma das armas que utilizou no ataque, uma Glock 9 milímetros, mais a munição utilizada por apenas US$ 571.

Após a ação, o jornal americano "The New York Times" publicou um editorial no qual afirma que o massacre na Virgínia "é mais uma lembrança aterrorizante de que alguns dos maiores perigos enfrentados pelos americanos vem de assassinos domésticos com armas que são assustadoramente fáceis de se obter".

Coincidentemente, uma aluna do Instituto Tecnológico da Virgínia escapou por pouco do ataque em Columbine há oito anos. Na época da ação, Regina Rohde estava no prédio que foi cenário do crime, mas teve a sorte de deixar o local pouco antes do ocorrido.

Com Associated Press

 

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