Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
07/02/2008 - 22h01

Desistência de Romney consolida McCain como favorito à nomeação republicana

Publicidade

da Folha Online

A saída de Mitt Romney da corrida pela candidatura presidencial republicana, anunciada nesta quinta-feira, abriu o caminho para que o senador pelo Arizona John McCain consiga a nomeação do partido. Os demais pré-candidatos que seguem no páreo, Mike Huckabee e Ron Paul, se encontram distantes de McCain --tanto no número de delegados obtidos até o momento quanto nas pesquisas de intenção de voto.

Mesmo à espera dos resultados definitivos da Superterça (05) --quando 21 dos 50 Estados americanos votaram em seus pré-candidatos republicanos--, McCain já conta com 714 delegados, dos 1.191 que necessita para ter a nomeação de seu partido, segundo a rede de TV CNN.

LM Otero/AP
Mitt Romney desistiu nesta quinta-feira da disputa pela nomeação republicana
Mitt Romney desistiu nesta quinta-feira da disputa pela nomeação republicana

Muito atrás, com 181 delegados, aparece o ex-governador de Arkansas e ex-pastor Batista Mike Huckabee. O legislador texano Ron Paul conseguiu apenas 16 delegados até o momento.

Romney, ex-governador de Massachusetts, havia conseguido cerca de 286 delegados nas prévias --nas quais investiu mais de US$ 40 milhões (R$ 70 milhões) de recursos próprios.

O jornal "The New York Times" afirma nesta quinta-feira que Romney gastou em sua campanha US$ 654 mil (cerca de R$ 1,1 milhão) por delegado, contra os US$ 45 mil (cerca de 78,8 mil) desembolsados por Huckabee.

Diante dessa diferença e dos maus resultados obtidos nas prévias da última terça-feira, Romney optou nesta quinta por desistir "pelo bem do país e do partido".

"Não é uma decisão fácil para mim. Detesto perder", disse Romney diante de milhares de republicanos que se reuniram nesta quinta-feira na Conferência de Ação Política Conservadora, em Washington.

Muitos republicanos anseiam pelo fim do processo de nomeação para iniciar uma acirrada luta contra o pré-candidato vencedor do lado democrata, cuja disputa envolve a senadora por Nova York Hillary Clinton e o senador por Illinois Barack Obama.

"Se continuasse brigando pela minha campanha até a Convenção, impediria o lançamento de uma campanha nacional e aumentaria as probabilidades de uma vitória (em novembro) de Hillary ou Obama", disse Romney ao anunciar sua decisão.

Apesar de renunciar "em defesa do bem do partido", o ex-governador não anunciou apoio a McCain, com quem nas últimas semanas manteve trocas de acusações.

"Discordo de McCain em diversas coisas, como vocês já sabem", afirmou. "Mas concordo com ele que precisamos fazer o que for necessário no Iraque, para capturar Osama bin Laden e em eliminar a Al Qaeda e o terror pelo mundo".

Ao falar sobre terrorismo, o republicano aproveitou para criticar os pré-candidatos democratas Barack Obama e Hillary Clinton e suas propostas de retirada do Iraque. "Continuarei a defender os princípios conservadores e não posso permitir que nos retiremos em face do mal do extremismo."

McCain

O senador pelo Arizona e veterano da Guerra do Vietnã surgiu como favorito após a Superterça, ao ser o mais votado em importantes Estados como Califórnia, Illinois e Nova York.

McCain, 71, deverá agora concentrar seus esforços nas primárias de Kansas, Louisiana e Washington, que serão realizadas no sábado (09), assim como nas eleições prévias do dia 4 de março, em Ohio e Texas.

Apesar do favoritismo, agora absoluto com a desistência de Romney, McCain enfrenta a resistência da ala mais direitista do partido, que o acusa de ser um traidor do verdadeiro conservadorismo.

Charles Dharapak/AP
Em discurso no Arizona, John McCain agradeu apoio da mulher e da mãe
O veterano da Guerra do Vietnã John McCain desponta como favorito absoluto

Rush Limbaugh, famoso comentarista americano, lançou uma dura ofensiva contra o senador pouco depois do fechamento das urnas na terça-feira.

Em seu programa, transmitido em 612 estações de rádio em todo o país, ele acusou McCain de ter posturas anti-conservadoras em temas como imigração e política fiscal.

O locutor chegou a insinuar que caso McCain ganhe a nomeação republicana, consideraria votar no candidato democrata nas eleições gerais de novembro.

O senador tentou nesta quinta responder às críticas de que não é um republicano conservador o suficiente diante dos cerca de seis mil presentes que participavam da Conferência, dos quais precisa do respaldo.

"Tivemos alguns desentendimentos, e nenhum de nós vai querer que isso continue", disse o senador. "Mas mesmo em desacordo, e principalmente em desacordo, buscarei o conselho de meus companheiros conservadores", afirmou McCain durante a reunião, uma boa oportunidade para o pré-candidato conquistar os conservadores céticos que o criticam.

"Se sou convencido de que meu julgamento é errado, eu o corrijo. Se me mantenho em minha posição mesmo depois de ter me beneficiado de seu conselho, espero que não percam de vista as muitas outras ocasiões em que estamos de acordo", disse o senador.

Romney afirmou ainda que só o conservadorismo permitirá aos Estados Unidos manter seu status de "superpotência".

"Estou convencido de que, ao menos que os EUA mudem de rumo, poderemos nos transformar na França do século 21", afirmou. "Ainda uma grande nação, mas não a líder do mundo, não a superpotência. Isso é impensável para mim", declarou.

Com France Presse e Efe

Comentários dos leitores
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
As "autoridades" de imigração dos eua encobriram maus-tratos a estrangeiros e falta de atendimento médico nos casos de detidos mortos na prisão nos últimos anos, denunciou o jornal "The New York Times". A informação é parte do conteúdo de documentos internos e confidenciais obtidos pela publicação e a ONG União Americana de Liberdades Civis. Ambos se acolheram a uma lei de transparência que obriga à divulgação deste tipo de informação pelo governo. Os documentos mencionam os casos de 107 estrangeiros que morreram nos centros de detenção para imigrantes desde outubro de 2003. "Certos funcionários, alguns deles ainda em postos-chave, usaram seu cargo para ocultar provas de maus-tratos, desviar a atenção da imprensa e preparar declarações públicas com desculpas, após ter obtido dados que apontavam os abusos". É mais uma da "democracia" estadounidense que vive apontando o dedo para os outros. Quanto tempo e quantas patifarias ainda faltam para que alguns reconheçam que "liberdade e democracia" são MITOS nos eua. Ali acontece todo o tipo de manipulação, tortura, conchavo, tráfico, suborno, violência, abuso, enfim, toda a sorte de patifarias. Os eua estão mergulhados no mais profundo colapso em TODOS os sentidos. Não dá mais para encobrir que eles não se diferenciam em nada de TODOS os regimes que criticam, mas, como tem o poder das armas e são totalmente influenciados pela doutrina nazi sionista racista e fascista, são os maiores e verdadeiros grandes TERRORISTAS do mundo. São os condutores das maiores mazelas nos 4 cantos e o povo estadounidense precisa recuperar o poder e realmente conseguir resgatar sua Nação. Para começar, é preciso ter presidentes de verdade e não fantoches de 2 partidos que têm os mesmos "senhores", o sionismo internacional. Vivemos um momento decisivo onde devemos apoiar a Resistência mundial e lutar para derrubar o eixo que venceu o outro eixo na 2ª guerra e construir um mundo livre voltado para o socialismo do século XXI. Não ao capitalismo e ao comunismo, duas faces da mesma moeda controladas pelos sionismo. sem opinião
avalie fechar
Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
A situação é periclitante, se antigamente se concedia o Nobel da Paz a quem de algum modo, plantava a paz no mundo, hoje (dada a escassez de boa fé geral) se concede o prémio a quem não faz a guerra... Como diria o sábio Maluf: "Antes de entrar queria fazer o bem, depois que entei, o máximo que conseguí foi evitar o mal"
Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
1 opinião
avalie fechar
honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
Considero ecelente vosso noticiario. Obrigado, aos 83 anos de mnha vida, 8 opiniões
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (2850)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página