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Análise: Presidente democrata deve reavaliar promessas para o Iraque
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KRISTIN ROBERTS
da Reuters, em Washington
Os pré-candidatos democratas para a Presidência dos Estados Unidos prometeram retirar as tropas do Iraque, mas alguns analistas e oficiais de defesa questionam se Barack Obama e Hillary Clinton alcançariam esse objetivo se fossem eleitos.
Certamente, os militares norte-americanos vão cumprir com qualquer política adotada pelo próximo presidente, inclusive uma retirada em grande escala do Iraque, segundo oficiais.
Mas alguns oficiais e analistas políticos dizem que é difícil imaginar Obama e Hillary, se eleitos, ordenando uma retirada imediata, considerando a complexidade da situação de segurança e política no Iraque e a responsabilidade se manter relações na região.
Obama, senador por Illinois e quem lidera o número de delegados para assegurar a nomeação democrata, prometeu repetidamente que todos os soldados estarão fora do Iraque em 16 meses. Para fazer isso, o Pentágono teria que levar de volta aos EUA de uma a duas brigadas (entre 3.500 e 7.000 homens) por mês.
Isso poderia ser feito, mas oficiais militares avisam que se o próximo presidente espera uma retirada com ordem, a questão deve ser ditada por condições de segurança que permitam que os militares retirem seus soldados e equipamentos em segurança. E isso poderia levar anos.
A senadora por Nova York Hillary Clinton tem sido menos específica e prometeu que a diminuição dos soldados poderia começar 60 dias após o início de seu suposto mandato como presidente, em janeiro de 2009. Hillary não ofereceu uma data limite para a retirada total das tropas.
Isso poderia dar tempo para que ela fizesse as escolhas baseada nas condições mais atuais do Iraque e buscasse uma política que deve seguir o plano do atual presidente George Bush de retirar as tropas assim que a segurança aumentar no país.
"Ela é um pouco mais cuidadosa" Disse Michael O'Hasnlon, especialista em políticas de segurança nacional pelo Brookings Institute, em Washington. "Ela obviamente ainda quer [a retirada] e obviamente não está feliz com a guerra, mas eu vejo um pouco mais de flexibilidade e em suas ações (...) Obama é o que tem mais problemas nesta questão", completou.
Mudanças de políticas
Candidatos têm a tradição de rever promessas de campanha depois de eleitos. Oficiais de segurança e analistas próximos ao Pentágono dizem que é fácil imaginar Obama e Hillary ordenando uma revisão de suas políticas para o Iraque enquanto deixam os soldados lá mesmo.
Na verdade, uma das ex-conselheiras políticas de Obama, Samantha Power, afirmou que o pré-candidato iria medir as condições de segurança do Iraque para implementar a retirada.
A próxima administração poderia, por exemplo, decidir que somente os soldados envolvidos em missões anti-terrorismo e aqueles ligados ao treinamento de soldados iraquianos deveriam se manter no país. Isso significa que dezenas de milhares de soldados deveriam continuar no Iraque.
Brian Katulis, analista do grupo de políticas liberais para Washington, rejeita a idéia de que os democratas irão abandonar as promessas de retirada das tropas quando estiverem no poder. "Há uma escolha estratégica clara sendo oferecida pelos democratas", afirmou.
O provável candidato republicano, John MCCain, apoia as políticas de guerra de George W. Bush e quer que os soldados norte-americanos permaneçam no país até que ele esteja mais estável.
Os Estados Unidos possuem mais de 158.000 soldados do Iraque e planejam retirar cinco brigadas de combate até julho. A ação deve diminuir o número de soldados na zona de guerra para o nível de antes do envio de uma força de urgência no ano passado.
Espera-se que o comandante no Iraque, General Petraeus, diga ao Congresso que os militares irão travar as retiradas após Julho para avaliar condições de segurança. Isso deixaria cerca de 140.000 soldados no Iraque até que o próximo presidente fosse eleito.
Os três pré-candidatos deverão conversar diretamente com Petraeus em encontros nesta semana.
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Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
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