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Veja repercussão da eleição dos EUA na imprensa internacional
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Colaboração para a Folha Online
O democrata John Edwards endossou nesta quarta-feira o pré-candidato democrata à Casa Branca Barack Obama. O apoio de Edwards, que desistiu da corrida democrata pela nomeação há três meses, era aguardado pelos candidatos já que ele é considerado muito popular.
Seu apoio vem em um momento crucial para Obama já que Edwards, ex-governador da Carolina do Norte, pode ajudá-lo a conseguir o apoio dos trabalhadores brancos, o grupo demográfico mais fiel à também pré-candidata democrata Hillary Clinton.
"Os eleitores democratas na América fizeram suas escolhas e eu também", disse Edwards, ao lado de Obama em um comício em Grand Rapids, Michigan. "Há um homem que sabe em seu coração que é hora de criar uma América e não duas, e esse homem é Barack Obama", afirmou.
Nesta quinta-feira, o provável candidato republicano John McCain irá a Ohio onde descreve em detalhes as "condições" que quer conquistar quando seu primeiro mandato como presidente acabar.
Ele diz que focará "todos os poderes do escritório, toda habilidade e toda força que possuo" para transformar o futuro em uma realidade e afirma que a Guerra no Iraque acabará até 2013.
Veja a repercussão da corrida dos pré-candidatos à Presidência dos EUA nos jornais do país:
"The Washingnton Post"(EUA)
McCain: Guerra do Iraque pode ser ganha até 2013
Reprodução |
Washington Post |
O provável candidato republicano John McCain falará nesta manhã que a Guerra do Iraque pode ser ganha e que a maioria das tropas norte-americanas podem vir para casa até 2013, se ele for eleito presidente. Esta é uma posição que lembra muito a postura de seus rivais democratas.
De acordo com trechos do discurso divulgados à imprensa, McCain diz que que apenas um pequeno contingente de tropas --sem papel de combate-- ficarão no Iraque daqui a cinco anos. Ele prevê que a retirada será possível porque a rede terrorista al Qaeda será derrotada no Iraque e um governo democrata estará operando na nação.
Nos trechos, McCain descreve em detalhes as "condições que eu quero conquistar" quando seu primeiro mandato como presidente acabar. Ele diz que focará "todos os poderes do escritório, toda habilidade e toda força que possuo" para transformar o futuro em uma realidade.
McCain resistiu até agora a oferecer um prazo para a retirada das tropas norte-americanas, dizendo que fazê-lo seria irresponsável e daria aos terroristas um prazo de sua derrota.
"The Wall Street Journal"(EUA)
A estratégia de Obama para os pequenos "caucus"
Reprodução |
Wall Street Journal |
Para evidência da estratégia que tornou Barack Obama o mais provável candidato democrata, olhe para Nebraska, onde o candidato ganhou por uma pequena margem em uma primária pouco noticiada nesta terça-feira.
A vitória de Obama com 49% dos votos contra 47% de Hillary Clinton ganhou pouca atenção das campanhas e da imprensa porque os delegados do Estado, que votam na disputa pela nomeação, foram escolhidos em um "caucus" em fevereiro. Nesta disputa, onde o número de eleitores foi menor que a metade dos desta primária, Obama ganhou amplamente, com 68% dos votos contra 32% e ficou com oito delegados, um a mais que Hillary ganharia depois com sua vitória em Ohio, um Estado muito maior.
A diferença entre o "caucus" e as primárias de Nebraska ajudam a ilustrar como Obama fez um trabalho melhor que Hillary diante dos pequenos "caucus" de poucos eleitores, mas que se traduzem em grandes resultados.
Dos 19 "caucus" realizados em Estados e territórios dos EUA desde Iowa, Hillary ganhou apenas três.l Obama conquistou 145 delegados neste sistema de reuniões abertas onde eleitores se juntam para nomear delegados para as convenções estaduais. Estes 145 delegados representam 95% de sua atual margem sobre a rival Hillary.
"The New York Times"(EUA)
O efeito dos trabalhadores brancos
Reprodução |
New York Times |
"Qual o tamanho do problema de Barack Obama diante os eleitores trabalhadores brancos?", perguntou Adam Nagourney, correspondente do "New York Times", após a derrota de Obama por 40 pontos percentuais para Hillary Clinton nas primárias de terça-feira na Virgínia Ocidental.
"E o que ele pode fazer --se há algo a fazer-- sobre isso a caminho das eleições gerais?".
Bem, usar um broche da bandeira dos Estados Unidos, como faz desde segunda-feira, pode ser um começo, mas há uma tática melhor: pegue o endosso de John edwards, o ex-candidato à nomeação democrata com altos registros de votos de trabalhadores.
Peter Slevin do jornal "The Washington Post" afirma que Edwards "tem sido cortejado intensamente por Obama e Hillary desde que deixou a corrida há três meses" e que o apoio político "envia um forte sinal de que Edwards, pelo menos, pensa que a batalha pela nomeação acabou".
"O valor dos endossos não é muito claro", escreve Jim Rutenberg do "The Times", "e Obama não foi muito ajudado quando Caroline Kennedy, o senador Edward M. Kennedy e outros proeminentes democratas apoiaram ele no começo do ano".
A decisão de Obama de fazer campanha em Michigan nesta quarta-feira mostra que ele reconhece sua importância para as eleições gerais. Ele falou à imprensa em Grand Rapids, onde ele fez seu comício com Edwards e "deixou claro" que ele não quer deixar espaço para os republicanos em Michigan a medida que ele desenha seu mapa para ganhar a Presidência em novembro.
"USA Today"(EUA)
Edwards endossa Obama
Reprodução |
USA Today |
Democrata John Edwards endossou Barack Obama nesta quarta-feira, enquanto o pré-candidato tenta conquistar o voto dos trabalhadores brancos que tem sido eleitorado fiel de Hillary Clinton.
O endosso do ex-governador da Carolina do Norte, que usou temas populistas durante sua campanha, vem em um momento crucial da corrida pela nomeação: Hillary resiste em desistir de sua candidatura e Obama conquista efetivamente a liderança no número de delegados.
"Os eleitores democratas na América fizeram suas escolhas e eu também", disse Edwards, ao lado de Obama em um comício em Grand Rapids, Michigan. "há um homem que sabe em seu coração que é hora de criar uma América e não duas, e esse homem é Barack Obama", afirmou.
Ferrel Guillory, cientista político da Universidade da Carolina do Norte, disse que o apoio de Edwards "significa a consolidação do status de Obama como líder na corrida. E põe ele mais próximo da nomeação".
Leia mais
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Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
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