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16/09/2008 - 17h06

McCain e Obama defendem saídas opostas para a crise econômica

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da France Presse, em Washington
da Folha Online

Os candidatos republicano e democrata à Casa Branca têm visões radicalmente diferentes em termos de política econômica, a principal preocupação dos americanos num momento em que o país é abalado por uma grave crise financeira.

O republicano John McCain afirmou nesta segunda-feira (15) que os elementos fundamentais da economia eram "sólidos", apesar das bolsas de valores americanas terem despencado com o anúncio da concordata do banco de investimentos Lehman Brothers. Respondendo às críticas, ele destacou nesta terça-feira que, para ele, os elementos fundamentais da economia são "os trabalhadores americanos".

O democrata Barack Obama, por sua vez, considera a situação "grave" e culpa os oito anos de governo do presidente republicano George W. Bush pela atual crise financeira. Ele avisou que os americanos terão mais quatro anos de crise econômica se elegerem McCain.

Os dois candidatos também divergem sobre as soluções para a crise. Obama defende uma maior intervenção do Estado, e McCain transformou a redução dos impostos na prioridade de sua política econômica.

Impostos

Na mesma linha que o presidente George W. Bush, McCain quer diminuir de 35% para 25% o imposto sobre os benefícios das empresas e tornar permanentes as reduções de impostos concedidas aos que ganham mais de US$ 250 mil por ano. Ele também quer reduzir os direitos de sucessão.

Já Obama promete anular as reduções de impostos aos que ganham mais de US$ 250 mil por ano. Ele também quer aumentar de 15% para 25%, ou 28%, o imposto sobre os lucros do capital e taxar mais os benefícios derivados da especulação nas bolsas de valores.

Ao contrário de McCain, ele defende reduções de impostos para as família que ganham menos de US$ 200 mil por ano, ou seja, 94% das famílias americanas. O senador de Illinois também sugere um crédito de imposto anual de US$ 500 por pessoa (US$ 1.000 para os casais). Ele também quer isentar de imposto de renda os idosos que ganham menos de US$ 50 mil por ano.

Para compensar um déficit público que pode exceder os US$ 490 bilhões em 2009, McCain prometeu limitar os gastos federais de interesse local e sugeriu o congelamento por um ano dos gastos federais não militares.

Obama, por sua vez, deseja liberar mais de US$ 200 bilhões para um plano de recuperação federal, sobretudo para os setores da infra-estrutura e da pesquisa.

Acordos internacionais

Durante as primárias, o senador de Illinois afirmou que quer renegociar alguns acordos internacionais, como o Nafta, o acordo de livre-comércio assinado com o Canadá e o México, para proteger os assalariados americanos e obter melhores cláusulas sobre o meio ambiente. Já McCain defende a ampliação dos acordos de livre-comércio a todos os países, com exceção dos que apóiam o terrorismo.

Obama considera que a estabilização do mercado imobiliário, no centro da crise do crédito, é uma prioridade. Ele pretende conceder aos proprietários com dificuldades financeiras um crédito de imposto cobrindo 10% dos juros anuais de suas hipotecas. Ele também planeja criar um fundo de US$ 10 bilhões, parcialmente financiado por multas aplicadas àqueles que emprestam de forma "irresponsável", para evitar as apreensões de imóveis, e outro fundo de US$ 10 bilhões para ajudar os estados e as regiões abaladas pela crise imobiliária.

Obama deseja instaurar um novo programa federal de alojamento para transformar os empréstimos hipotecários de risco em empréstimos com taxa de juros fixos por 30 anos.

Por sua vez, McCain pretende trabalhar com uma rede de agências de regulação e lhes dar as prerrogativas necessárias para garantir a transparência dos mercados financeiros e do sistema de empréstimos.

Comentários dos leitores
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
As "autoridades" de imigração dos eua encobriram maus-tratos a estrangeiros e falta de atendimento médico nos casos de detidos mortos na prisão nos últimos anos, denunciou o jornal "The New York Times". A informação é parte do conteúdo de documentos internos e confidenciais obtidos pela publicação e a ONG União Americana de Liberdades Civis. Ambos se acolheram a uma lei de transparência que obriga à divulgação deste tipo de informação pelo governo. Os documentos mencionam os casos de 107 estrangeiros que morreram nos centros de detenção para imigrantes desde outubro de 2003. "Certos funcionários, alguns deles ainda em postos-chave, usaram seu cargo para ocultar provas de maus-tratos, desviar a atenção da imprensa e preparar declarações públicas com desculpas, após ter obtido dados que apontavam os abusos". É mais uma da "democracia" estadounidense que vive apontando o dedo para os outros. Quanto tempo e quantas patifarias ainda faltam para que alguns reconheçam que "liberdade e democracia" são MITOS nos eua. Ali acontece todo o tipo de manipulação, tortura, conchavo, tráfico, suborno, violência, abuso, enfim, toda a sorte de patifarias. Os eua estão mergulhados no mais profundo colapso em TODOS os sentidos. Não dá mais para encobrir que eles não se diferenciam em nada de TODOS os regimes que criticam, mas, como tem o poder das armas e são totalmente influenciados pela doutrina nazi sionista racista e fascista, são os maiores e verdadeiros grandes TERRORISTAS do mundo. São os condutores das maiores mazelas nos 4 cantos e o povo estadounidense precisa recuperar o poder e realmente conseguir resgatar sua Nação. Para começar, é preciso ter presidentes de verdade e não fantoches de 2 partidos que têm os mesmos "senhores", o sionismo internacional. Vivemos um momento decisivo onde devemos apoiar a Resistência mundial e lutar para derrubar o eixo que venceu o outro eixo na 2ª guerra e construir um mundo livre voltado para o socialismo do século XXI. Não ao capitalismo e ao comunismo, duas faces da mesma moeda controladas pelos sionismo. sem opinião
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Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
A situação é periclitante, se antigamente se concedia o Nobel da Paz a quem de algum modo, plantava a paz no mundo, hoje (dada a escassez de boa fé geral) se concede o prémio a quem não faz a guerra... Como diria o sábio Maluf: "Antes de entrar queria fazer o bem, depois que entei, o máximo que conseguí foi evitar o mal"
Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
1 opinião
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honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
Considero ecelente vosso noticiario. Obrigado, aos 83 anos de mnha vida, 8 opiniões
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