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25/09/2002
-
08h00
O Iraque contestou mais uma vez hoje as acusações britânicas relacionadas com seu suposto arsenal, enquanto o presidente norte-americano continua tentando obter carta branca do Congresso para atacar.
Um dia depois da publicação de um dossiê pelo governo britânico, o jornal "Babel", controlado por Udai Saddam Hussein, filho mais velho de Saddam Hussein, voltou à carga, acusando Tony Blair de ter elaborado esse documento a partir de "dúvidas e estimativas".
No informe de mais de 50 páginas apresentado aos deputados, Blair afirma que o Iraque, que ontem também prometeu abrir todas as instalações suspeitas aos inspetores da ONU (Organização das Nações Unidas), continuava seus esforços para adquirir a bomba atômica e que suas armas químicas e biológicas constituem uma ameaça imediata.
O conselheiro da Presidência iraquiana, Amer Al Saadi, rechaçou também as acusações de Blair, dizendo em uma entrevista à imprensa que as conclusões do primeiro-ministro britânico são falsas e que "suas palavras não passam de uma mistura de meias verdades, mentiras e afirmações ingênuas".
A um jornalista que lhe perguntou se os técnicos poderiam inspecionar as instalações presidenciais, Saadi afirmou que Bagdá os autorizará a fazê-lo.
Al Saadi também "aconselhou" Blair a transmitir seu dossiê aos inspetores da ONU para que estes "o avaliem e que a verdade seja conhecida", afirmando que Bagdá pedirá aos técnicos da ONU que "inspecionem prioritariamente todos os locais e atividades citados por Blair".
A maioria dos jornais britânicos estima hoje que Blair não foi convincente sobre a necessidade de lançar uma ação militar contra o Iraque.
Ontem, o presidente norte-americano, George W. Bush, se apressou a elogiar Blair, que, segundo disse, "continua querendo provar que Saddam Hussein é uma ameaça à paz" e destacou sua admiração pela vontade de seu principal aliado para dizer a "verdade" sobre o Iraque.
Ao mesmo tempo, Bush continua pressionando o Congresso para que lhe dê carta branca a uma intervenção militar contra o Iraque.
Em um projeto de resolução transmitido ao Congresso na semana passada, Bush solicitou uma autorização para lançar, se ele considerar necessário, operações militares no Iraque e em outros locais do Oriente Médio.
A pressão sobre os parlamentares democratas para que dêem a Bush um mandato amplo foi ampliada depois que o Departamento de Estado afirmou que o presidente ucraniano, Leonid Kutchma, aprovou a venda de material de radar ao Iraque.
O temor de uma intervenção no Iraque, cujo custo para os Estados Unidos poderia chegar a US$ 200 bilhões, segundo um estudo do Congresso, continuou pesando nos mercados financeiros mundiais, que ontem caíram pelo oitavo dia consecutivo.
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Iraque contesta dossiê de Blair e promete livre acesso a inspetores
da France Presse, em BagdáO Iraque contestou mais uma vez hoje as acusações britânicas relacionadas com seu suposto arsenal, enquanto o presidente norte-americano continua tentando obter carta branca do Congresso para atacar.
Um dia depois da publicação de um dossiê pelo governo britânico, o jornal "Babel", controlado por Udai Saddam Hussein, filho mais velho de Saddam Hussein, voltou à carga, acusando Tony Blair de ter elaborado esse documento a partir de "dúvidas e estimativas".
No informe de mais de 50 páginas apresentado aos deputados, Blair afirma que o Iraque, que ontem também prometeu abrir todas as instalações suspeitas aos inspetores da ONU (Organização das Nações Unidas), continuava seus esforços para adquirir a bomba atômica e que suas armas químicas e biológicas constituem uma ameaça imediata.
O conselheiro da Presidência iraquiana, Amer Al Saadi, rechaçou também as acusações de Blair, dizendo em uma entrevista à imprensa que as conclusões do primeiro-ministro britânico são falsas e que "suas palavras não passam de uma mistura de meias verdades, mentiras e afirmações ingênuas".
A um jornalista que lhe perguntou se os técnicos poderiam inspecionar as instalações presidenciais, Saadi afirmou que Bagdá os autorizará a fazê-lo.
Al Saadi também "aconselhou" Blair a transmitir seu dossiê aos inspetores da ONU para que estes "o avaliem e que a verdade seja conhecida", afirmando que Bagdá pedirá aos técnicos da ONU que "inspecionem prioritariamente todos os locais e atividades citados por Blair".
A maioria dos jornais britânicos estima hoje que Blair não foi convincente sobre a necessidade de lançar uma ação militar contra o Iraque.
Ontem, o presidente norte-americano, George W. Bush, se apressou a elogiar Blair, que, segundo disse, "continua querendo provar que Saddam Hussein é uma ameaça à paz" e destacou sua admiração pela vontade de seu principal aliado para dizer a "verdade" sobre o Iraque.
Ao mesmo tempo, Bush continua pressionando o Congresso para que lhe dê carta branca a uma intervenção militar contra o Iraque.
Em um projeto de resolução transmitido ao Congresso na semana passada, Bush solicitou uma autorização para lançar, se ele considerar necessário, operações militares no Iraque e em outros locais do Oriente Médio.
A pressão sobre os parlamentares democratas para que dêem a Bush um mandato amplo foi ampliada depois que o Departamento de Estado afirmou que o presidente ucraniano, Leonid Kutchma, aprovou a venda de material de radar ao Iraque.
O temor de uma intervenção no Iraque, cujo custo para os Estados Unidos poderia chegar a US$ 200 bilhões, segundo um estudo do Congresso, continuou pesando nos mercados financeiros mundiais, que ontem caíram pelo oitavo dia consecutivo.
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