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14/01/2009 - 08h38

Israel congela avanço militar à espera de solução diplomática

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MARCELO NINIO
do enviado especial da Folha de S. Paulo, em Sderot

Em meio a uma intensa guerra de nervos e sinais de que o cessar-fogo pode estar próximo, o gabinete israelense decidiu congelar o plano de abrir uma nova fase da ofensiva contra o grupo fundamentalista Hamas, a fim de dar chance a uma saída diplomática. Emissários do Hamas estão no Cairo, onde negociam com o governo egípcio os termos de um acordo para pôr fim à violência.

Após 18 dias pressão militar à faixa de Gaza, os ataques aéreos israelenses continuam, mas a invasão do principal centro urbano do território palestino entrou em ritmo lento, enquanto o Egito avança na mediação de uma trégua.

O governo de Israel e líderes do Hamas mantêm o discurso belicoso, mas em ambos os lados crescem os indícios de que há interesse em torno de um cessar-fogo. Do lado palestino, o Hamas está dividido entre os líderes de Gaza, que querem o fim dos ataques, e os dirigentes no exílio, que endurecem os termos para aceitar a trégua.

Na noite de segunda-feira, o primeiro-ministro do governo do Hamas, Ismail Haniyeh, deixou claro em rara aparição na TV de que está disposto a aceitar um cessar-fogo.

Por outro lado, o birô político do grupo, sediado em Damasco, disse nesta terça-feira (13) que um cessar-fogo só será aceito se Israel retirar suas tropas de Gaza e reabrir as passagens da fronteira. Rejeitou ainda a presença de força multinacional na fronteira com o Egito, mas indicou que poderia aceitar tropas turcas.

Entretanto, com suas instituições de poder destruídas, centenas de militantes mortos ou presos e a crescente preocupação em perder o poder em Gaza, o Hamas parece cada vez mais inclinado para a posição mais pragmática, de Haniyeh.

Segundo um morador de Gaza que falou com a Folha por telefone pedindo para não ser identificado, a destruição em Gaza é tamanha que os fundamentalistas começam a temer a reação da população. Embora mantenha militantes armados em trajes civis nas ruas a fim de sufocar qualquer oposição, o grupo começa a ser responsabilizado pela devastação.

Caminhos paralelos

No lado israelense, o ministro da Defesa, Ehud Barak, disse ontem que a ofensiva militar e os esforços diplomáticos para um cessar-fogo correm paralelos, incluindo a visita à região do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que começa nesta quarta-feira. "Mas a guerra continua, e o Exército continua alcançando seus objetivos", disse Barak.

Israel adiou até amanhã o envio de um negociador ao Egito, e o premiê Ehud Olmert colocou pressão sobre o Hamas. "Queremos terminar isso. Mas, se o Hamas continuar disparando foguetes, enfrentará o punho de ferro de Israel."

O líder da oposição, Binyamin Netanyahu, que encabeça a corrida à sucessão de Olmert, defende a continuação da ofensiva até tirar o Hamas do poder.

Em meio à crescente crise humanitária em Gaza e o alto número de civis entre os mortos, Israel se prepara para não sofrer retaliações nos tribunais internacionais. O governo informou que cada ação militar é precedida de uma análise legal para garantir que ela não contraria o direito internacional.

Mas o esforço tem sido insuficiente para conter a pressão de organizações humanitárias, que querem uma investigação sobre supostos abusos do Exército em casos como o bombardeio a escolas da ONU em Gaza.

Questionado pela Folha, o ministro da Justiça de Israel, Daniel Friedman, disse que não há base legal para tais suspeitas. "O Exército toma todas as precauções para evitar danos a civis. Eu me pergunto se outro exército encararia esse tipo de situação, em que os terroristas usam os civis como escudos, com tanto cuidado."

Comentários dos leitores
J. R. (1269) 02/02/2010 14h02
J. R. (1269) 02/02/2010 14h02
Ricardo Perrone ( ) 31/01/2010 23h26 Vc tem razão, mas estão legalmente instalados no escritorio da CIA em São Paulo, com autorização da justiça paulista. A alguns anos um militar libanês de passagem por São Paulo foi seguido e assassinado num posto de gasolina, obviamente ninguém viu e nem sabia de nada. Se ele não fosse ligado à Siria (ainda estavam as tropas por lá) não se poderia dizer que foi a moçada. Esse negócio do governo brasileiro fazer vista grossa ao serviço militar para moleques servirem em Israel tem que acabar. Não dá para ficarem em cima do muro, ou vão para um lado ou vão para o outro. Incrível é que fazem como os batistas, alegando drama de consciência religiosa, para irem matar grávidas na Palestina (kill 2). Lamentável. sem opinião
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mauro halpern (120) 01/02/2010 22h36
mauro halpern (120) 01/02/2010 22h36
puxa, o sr Ricardo Perrone me descobriu.
Logo agora que eu estava tentando destruir, como fazemos todos os agentes do Mossad que querem dominar o mundo, toda a correspondencia eletronica favoravel aos palestinos!!
alem disso eu bombardeei o Zelaya com raios cósmicos de micro-ondas! vejam que ele saiu por livre vontade da embaixada, influenciado por potentes raios gama! e saiu sem chapéu!! agora que os hackers do mundo me descobriram, terei que mudar de computador!!!
Senhor Perrone, esta batalha voce venceu, mas eu voltarei. MAIS FORTE DO QUE NUNCA!
sem opinião
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hugo chavez (310) 01/02/2010 19h59
hugo chavez (310) 01/02/2010 19h59
O rabino Yitzhak Shapira, que foi detido para interrogatório pelo Shin Bet (agência sionista de segurança) por sua suposta implicação com o incêndio da mesquita em Yasuf, em Nablus, na Cisjordânia ocupada, é responsável pela escola Yeshiva "Od Yosef Chai" em Yitzhar, e é um discípulo do rabino Yitzhak Ginsberg .Gisnberg é considerado por acadêmicos do judaísmo moderno como um importante e original pensador da área do hassidut e da cabala e, além disso, ele é bem conhecido pelas suas visões extremadas diante das "diferenças fundamentais" entre judeus e não-judeus (goys), as quais tem um toque sensível de racismo. No prefácio do livro Torat Hamelech de autoria de Shapira e do rabino Yosef Elitzur, Ginsberg aponta para a necessidade de apontar as tais "diferenças fundamentais" entre judeus e goys "numa época onde nós somos obrigados a conquistar "a terra de israel", (a Palestina) de nossos inimigos, portanto, nós podemos agir "de acordo com as necessidades", dentro do espírito da Tora e então podemos fortalecer o espírito da nação e de nossos soldados." O livro menciona o assassinato de goys na guerra e inclui a seguinte passagem: - Há uma razão para matar bebês (do inimigo), mesmo se eles não violarem as 7 leis de Noé, por causa do futuro perigo que eles possam representar, quando eles irão crescer para tornar-se diabos como seus pais A hedionda e inimaginável atitude de pregar o assassinato de bebês de colo ou gestantes, só pode sair de mentes doentias, mas, já inspirou até camisetas para o exército sionista com a estampa de uma palestina grávida onde se lia "um tiro, duas mortes". Para que esta idéia de punição antecipada possa ser aplicada, é necessário preparar a grande massa, retirando-lhe qualquer vontade à resistência e para tal se conta com a lavagem cerebral diária da "grande mídia", de Holowood e outros que trabalham alinhados com a Nova Ordem Mundial Sionista e seu fundamentalismo religioso. 1 opinião
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