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16/01/2003
-
16h19
Um grupo de inspetores de desarmamento da ONU (Organização das Nações Unidas) encontrou hoje "11 ogivas químicas... vazias" em condição "excelente" durante a inspeção em um armazém no Iraque, disse o porta-voz da Unmovic (Comissão de Controle, Verificação e Inspeção da ONU), Hiro Ueki.
O grupo encontrou "11 ogivas químicas de 122 mm e outra ogiva que ainda está sendo examinada", disse Ueki em um comunicado.
O porta-voz não deu qualquer estimativa da importância da descoberta feita durante uma inspeção à Área de Armazenamento de Munição de Ukhaider. Ele disse que um grupo de inspetores foi até o local para inspecionar um grande número de depósitos construídos no final da década de 1990.
"As ogivas estão em excelentes condições e são parecidas com as importadas pelo Iraque durante o final dos anos 1980. O grupo utilizou equipamentos de Raio-X portáteis para realizar análises preliminares das ogivas e coletar amostras para testes químicos", disse ele.
O chefe do Diretório Nacional de Monitoramento Iraquiano, general Hussan Mohammad Amin, declarou que as ogivas não têm nenhuma relação com os programas de armas de destruição em massa.
Ele desafiou os inspetores da ONU a desmentir sua afirmação e descreveu o assunto como uma "tempestade num copo d'água".
O embaixador dos EUA na ONU, John Negroponte, afirmou em entrevista transmitida pela rede de TV norte-americana CNN que a descoberta é um "avanço interessante".
Negroponte disse também que nenhuma decisão a respeito foi tomada e que o Conselho de Segurança da ONU deve esperar até dia 27 de janeiro, quando será apresentado um relatório sobre as inspeções.
Situação "tensa e perigosa"
Pouco antes, o chefe dos inspetores de desarmamento da ONU anunciou a descoberta no Iraque de elementos convencionais que podem ser utilizados na fabricação de armas de destruição maciça, considerando a situação "muito tensa e perigosa".
"A mensagem que queremos levar a Bagdá é que a situação é muito tensa e muito perigosa, que todo o mundo quer ver um desarmamento verificável e crível no Iraque, desfazendo-se de todas as armas de destruição maciça que tenha em seu poder", disse Hans Blix, em Bruxelas (Bélgica).
O chefe dos inspetores da ONU acrescentou que os elementos convencionais encontrados no Iraque foram importados ilegalmente em 2001 e 2002, "violando o embargo" das Nações Unidas.
Blix recordou que os iraquianos apresentaram uma declaração de 12 mil páginas que não continha nenhuma nova prova.
O chefe dos inspetores da ONU considerou que existem "dois caminhos" para resolver a questão iraquiana: através das Nações Unidas e das inspeções" ou, mediante uma ação militar.
No começo da próxima semana, Blix e o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica, Mohamed El Baradei, viajam para o Iraque pela primeira vez desde que a inspeção foi retomada, em 27 de novembro. Eles vão buscar detalhes para o relatório que devem apresentar à ONU em 27 de janeiro.
Durante a visita, eles devem informar às autoridades que o relatório de 12 mil páginas entregue por Bagdá recentemente contém omissões, especialmente no que diz respeito ao destino de armas químicas e biológicas.
Com agências internacionais
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Inspetores da ONU encontram 11 ogivas químicas vazias no Iraque
da Folha OnlineUm grupo de inspetores de desarmamento da ONU (Organização das Nações Unidas) encontrou hoje "11 ogivas químicas... vazias" em condição "excelente" durante a inspeção em um armazém no Iraque, disse o porta-voz da Unmovic (Comissão de Controle, Verificação e Inspeção da ONU), Hiro Ueki.
O grupo encontrou "11 ogivas químicas de 122 mm e outra ogiva que ainda está sendo examinada", disse Ueki em um comunicado.
O porta-voz não deu qualquer estimativa da importância da descoberta feita durante uma inspeção à Área de Armazenamento de Munição de Ukhaider. Ele disse que um grupo de inspetores foi até o local para inspecionar um grande número de depósitos construídos no final da década de 1990.
"As ogivas estão em excelentes condições e são parecidas com as importadas pelo Iraque durante o final dos anos 1980. O grupo utilizou equipamentos de Raio-X portáteis para realizar análises preliminares das ogivas e coletar amostras para testes químicos", disse ele.
O chefe do Diretório Nacional de Monitoramento Iraquiano, general Hussan Mohammad Amin, declarou que as ogivas não têm nenhuma relação com os programas de armas de destruição em massa.
Ele desafiou os inspetores da ONU a desmentir sua afirmação e descreveu o assunto como uma "tempestade num copo d'água".
O embaixador dos EUA na ONU, John Negroponte, afirmou em entrevista transmitida pela rede de TV norte-americana CNN que a descoberta é um "avanço interessante".
Negroponte disse também que nenhuma decisão a respeito foi tomada e que o Conselho de Segurança da ONU deve esperar até dia 27 de janeiro, quando será apresentado um relatório sobre as inspeções.
Reuters |
Uma das 11 ogivas vazias encontradas durante inspeção da ONU em armazém no Iraque |
Situação "tensa e perigosa"
Pouco antes, o chefe dos inspetores de desarmamento da ONU anunciou a descoberta no Iraque de elementos convencionais que podem ser utilizados na fabricação de armas de destruição maciça, considerando a situação "muito tensa e perigosa".
"A mensagem que queremos levar a Bagdá é que a situação é muito tensa e muito perigosa, que todo o mundo quer ver um desarmamento verificável e crível no Iraque, desfazendo-se de todas as armas de destruição maciça que tenha em seu poder", disse Hans Blix, em Bruxelas (Bélgica).
O chefe dos inspetores da ONU acrescentou que os elementos convencionais encontrados no Iraque foram importados ilegalmente em 2001 e 2002, "violando o embargo" das Nações Unidas.
Blix recordou que os iraquianos apresentaram uma declaração de 12 mil páginas que não continha nenhuma nova prova.
O chefe dos inspetores da ONU considerou que existem "dois caminhos" para resolver a questão iraquiana: através das Nações Unidas e das inspeções" ou, mediante uma ação militar.
No começo da próxima semana, Blix e o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica, Mohamed El Baradei, viajam para o Iraque pela primeira vez desde que a inspeção foi retomada, em 27 de novembro. Eles vão buscar detalhes para o relatório que devem apresentar à ONU em 27 de janeiro.
Durante a visita, eles devem informar às autoridades que o relatório de 12 mil páginas entregue por Bagdá recentemente contém omissões, especialmente no que diz respeito ao destino de armas químicas e biológicas.
Com agências internacionais
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