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12/07/2009 - 15h19

Chávez denuncia prisão de jornalistas venezuelanos em Honduras

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da Efe

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, denunciou neste domingo a detenção e posterior libertação de vários jornalistas venezuelanos por ordem do novo governo de Honduras, que os mantém atualmente em um hotel de onde não podem sair, de acordo com o venezuelano.

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Edgard Garrido--11.jul.09/Reuters
Mulher passa por placa pedindo a saída do interino Roberto Micheletti, em Tegucigalpa
Mulher passa por placa pedindo a saída do interino Roberto Micheletti, em Tegucigalpa

Chávez falou do caso durante seu programa dominical de rádio e televisão, o "Alô Presidente", transmitido do Estado de Aragua, 120 quilômetros ao oeste de Caracas. "De maneira covarde, o governo de 'Gorileti' mandou deter os jornalistas do canal oito e da Telesur, e depois os soltaram, mas agora estão no hotel e não os deixam sair", disse Chávez.

"Gorileti" é uma das formas depreciativas com as quais o governante venezuelano e outros porta-vozes oficiais se referem a Roberto Micheletti, que preside o novo governo em Honduras após a deposição do presidente eleito, Manuel Zelaya. O "canal oito" é a maneira coloquial de se referir ao canal estatal "Venezolana de Televisión", enquanto a "Telesur" é uma empresa multiestatal, criada por Argentina, Bolívia, Cuba, Equador, Nicarágua e Venezuela e que transmite notícias 24 horas.

Chávez disse que a detenção temporária dos jornalistas é uma demonstração da "democracia que eles promovem" e da oligarquia que "tirou a máscara em Honduras". presidente venezuelano voltou a prever que os golpistas hondurenhos "serão varridos para o lixo da história" e que os militares que lideraram o levante "têm pouco tempo, não digo poucos dias, digo pouco tempo".

Chávez disse ainda que a conjunção da união cívico-militar com a consciência do povo hondurenho reverterão a atual situação.

Protestos

Os protestos que seguiram a deposição de Zelaya deixaram ao menos dois mortos, segundo dados do governo. As vítimas foram resultado do confronto entre tropas do Exército e um grupo de manifestantes que aguardava, no aeroporto de Tegucigalpa, o retorno de Zelaya --impedido pelo governo interino, que mandou as tropas ocuparem as pistas.

Edgard Garrido-11.jul.09/Reuters
Soldados vigiam arredores da residência presidencial em Tegucigalpa, em Honduras
Soldados vigiam arredores da residência presidencial em Tegucigalpa, em Honduras

O governo acusa os próprios manifestantes pelas mortes e diz que as forças de segurança não dispararam nenhum tiro no dia.

Zelaya foi expulso do país por militares em 28 de junho, quando desafiou a proibição judicial para uma consulta popular sobre uma eventual reforma constitucional que permitiria sua reeleição, assim como fizeram seus aliados na Venezuela, Bolívia e Equador.

Oscar Arias, presidente da Costa Rica e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, está mediando as conversas entre Zelaya e o governo interino de Honduras, mas ainda não há um acordo entre as partes.

O impasse se dá porque Zelaya insiste em voltar ao poder, mas o governo interino não aceita sua restituição, o que é exigido pela maioria dos países do mundo e por organismos internacionais.

 

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