Publicidade
Publicidade
Após execução de manifestantes, líder da oposição no Irã nega fim dos protestos
Publicidade
da Reuters, em Teerã (Irã)
da Folha Online
O líder da oposição reformista iraniana, Mir Hossein Mousavi, disse nesta terça-feira que sua luta pelos direitos da nação continuará, apesar do anúncio de que mais nove manifestantes ligados aos protestos liderados por Mousavi serão executados por tentar derrubar o governo.
"O movimento verde não vai abandonar sua luta pacífica... até que os direitos do povo sejam preservados", disse ele ao site de oposição Kalemeh.
Ele disse que prisões com motivações políticas e a execução de manifestantes são contra a lei e defendeu uma mudança na Constituição para garantir os direitos das pessoas. "Protestos pacíficos são um direito do povo iraniano", disse ele.
O Irã executou duas pessoas na semana passada pelo envolvimento em um protesto iniciado após a eleição presidencial do ano passado. Sentenças de morte para outras nove pessoas estão em fase de apelação e, segundo governo, devem ser cumpridas em breve.
As execuções foram condenadas por grupos de direitos humanos e pelo Ocidente que, segundo o Irã, apoiam os manifestantes.
Mousavi e outro candidato derrotado nas eleições presidenciais Mehdi Karoubi fizeram apelos para que simpatizantes participem de uma manifestação no dia 11 de fevereiro, quando o país comemora o 31º aniversário da revolução islâmica.
Integrantes da linha-dura alertaram que protestos contrários ao governo não serão tolerados após as sangrentas manifestações durante o ritual xiita da Ashura em 27 de dezembro, quando oito manifestantes foram mortos e, segundo autoridades, mais de mil pessoas foram presas.
Até o momento, mais de cem opositores foram julgados e o governo anunciou cinco sentenças de pena de morte e outros 80 a prisão por períodos de entre seis meses e 15 anos por envolvimento com os protestos.
Os opositores foram julgados e acusados como Mohareb (inimigo de Deus), um delito da jurisprudência islâmica que o Irã castiga com a pena de morte.
Protestos
O ultraconservador presidente, Mamhoud Ahmadinejad, foi reeleito em pleito do dia 12 de junho passado, com cerca de 63% dos votos contra 34% de Mousavi.
A votação foi seguida por semanas de fortes protestos da oposição por fraude. Os protestos, enfrentados com violência pela polícia e a milícia Basij, ligada à Guarda Revolucionária, deixaram ao menos 20 mortos, dezenas de feridos e cerca de 2.000 presos.
A maioria deles já foram libertados, mas mais de 80 foram condenados à até 15 anos de prisão por participação nos protestos e na violência após o pleito, segundo o Judiciário. Cinco pessoas foram condenadas à morte.
A oposição chegou a denunciar abusos nos presídios contra os opositores, mas a acusação foi rejeitada por Teerã
O Conselho dos Guardiães do Irã, órgão responsável por ratificar o resultado do pleito, aceitou fazer uma recontagem parcial dos votos para acalmar a oposição, mas confirmou a reeleição de Ahmadinejad depois de afirmar que a fraude em cerca de 3 milhões de votos não era suficiente para mudar o resultado das urnas.
Leia mais sobre o Irã
- Irã diz que executará em breve mais nove manifestantes da oposição diz que executará em breve mais nove manifestantes da oposição
- Irã inicia festa pelo 31º aniversário da Revolução em meio a crise
- Irã julga 16 acusados de participar de manifestações após eleição
Outras notícias internacionais
- Uribe vai ao Equador pela 1ª vez desde crise por ataque contra Farc
- Este é o momento do Haiti refundar sua república, diz ONU
- Taleban ataca base espanhola no Afeganistão
Especial
Livraria
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice