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09/06/2003 - 07h03

Plantas e árvores são multifuncionais

do enviado especial da Folha de S.Paulo ao Amazonas

Uma breve caminhada pela selva é suficiente para constatar a riqueza da biodiversidade da Amazônia. Em um hectare, o visitante é apresentado a de 100 a 300 espécies de plantas e de árvores e descobre que a serventia delas é muito maior do que se imagina, tanto para o dia-a-dia do caboclo quanto para o da própria floresta.

A angelim, uma das árvores mais altas, tem flores exuberantes e perfumadas, cor-de-rosa ou purpúreas; a aquariquara é ideal para o esteio das aves, por ter furos em todo o seu tronco; a amapá é conhecida como "vaca leiteira da mata", já que dela se extrai um líquido parecido com leite, mais espesso, que fortalece a pleura dos pulmões e serve como cicatrizante quando aplicado sobre a pele; a carapanaúba combate a febre.

Para ter uma idéia, os biólogos já catalogaram mais de 700 espécies de cupins, fundamentais para a renovação da floresta. "Na visão do índio, a terra da Amazônia é um berçário para o mundo", diz o guia amazonense Ricardo Albuquerque. Não é exagero.

Num trajeto de 2,5 quilômetros em selva primária (aberta), com umidade de 85% a 97% e muito calor, o explorador vê algumas das mais de 3.500 espécies de vegetais já catalogadas da região.

Muitas das espécies são usadas pelos índios para a construção de cabanas ou de armas. A sapopema, que em tupi quer dizer raiz chata, serve de instrumento musical --uma batida em seu tronco ressoa códigos que só os indígenas entendem; os longos espinhos da marajá se transformam em agulhas cirúrgicas e em flechas.

O "olho" da palha-branca esconde seu poder --após sacudido, abrem-se resistentes folhas, que, manipuladas e mescladas a outras, viram telhados de cabanas. E da fibra da tauari, árvore grande, de madeira boa, extrai-se um papel fino, muito usado como mortalha de cigarro.

O solo da região é considerado pobre para a agricultura --somente as terras baixas (várzeas), cerca de 5% da área do Estado, produzem bem. A monocultura não funciona --não segue uma das mais básicas regras amazônicas: a diversidade.


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