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19/01/2004
-
04h03
da Folha de S.Paulo
Não é preciso se gabar por ter um amigo portenho que possa levá-lo para conhecer lugares freqüentados apenas pelos nascidos na capital argentina. O Cicerones de Buenos Aires, organização sem fins lucrativos reconhecida pelo governo, guia os turistas gratuitamente pela capital, aconselha e orienta os viajantes.
"Exigimos que os cicerones tenham vontade de mostrar a cidade e que sejam amáveis com os visitantes", explica o engenheiro sanitarista e presidente da organização, Joaquín Brenman, 60.
Os passeios variam de acordo com o gosto do freguês, e os guias são voluntários, pessoas que "amam a cidade". Não há uma rota fixa. O turista atendido pelo Cicerones precisa ter a "mente aberta" e contar que áreas mais lhe interessam. Arquitetura, museus, vida cotidiana, tango ou futebol.
O viajante que tem aversão a ficar preso em city tours ou com guias na sua cola pode ficar tranqüilo. "Eles nos deixam à vontade", diz o paulista George Vasconcelos de Carvalho, 27, que ficou oito dias em Buenos Aires em novembro de 2003, com a mãe.
O produtor de teatro carioca Celso Lemos, 38, que passou o Ano Novo em Buenos Aires, após ser guiado pelo cicerone Carlos Fuentes na virada do ano, recebeu orientação pelo telefone sobre o que fazer ali nos dias seguintes.
"Não segui todas as dicas, porque algumas me pareciam meio furadas." Mas o carioca diz que atentou para "coisas que passam despercebidas pelo turista".
Os conselhos também ajudam a refrescar o bolso. Uma visita com passeio de barco ao rio da Prata em Tigre, a 29 km de Buenos Aires, custou a Carvalho 7,80 pesos; agências cobram 45 pesos pelo passeio. Ele conta ter seguido a orientação do cicerone de tomar um trem para chegar ao local.
A idéia de criar o grupo surgiu em 2001, numa roda de amigos, viajantes freqüentes, que acreditavam que os portenhos passavam uma imagem negativa não só aos turistas estrangeiros mas também aos argentinos do interior, a despeito de todos os atrativos de Buenos Aires.
"Nossa primeira tentativa foi mudar isso", disse Bramnin, acrescentando que o outro objetivo era reverter a imagem negativa transmitida pela TV --os panelaços, manifestações na capital que culminaram com a renúncia do então presidente Fernando de la Rúa em dezembro de 2001--, que circulou por todo o mundo.
O Cicerones de Buenos Aires funciona desde 2002. Hoje conta com cerca de 50 voluntários, pessoas de 18 a 70 anos, inclusive guias que falam português. Mensalmente, o grupo atende de 20 a 25 grupos de visitantes, com no máximo seis pessoas, em visitas de até três horas de duração, feitas a pé ou em transporte público.
O público brasileiro representa 25% dos atendimentos. O primeiro contato deve ser feito pela internet, por meio do site www.cicerones.org.ar ou do e-mail: cicerones@cicerones.org.ar.
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Portenhos ciceroneiam turista de graça
MARGARETE MAGALHÃESda Folha de S.Paulo
Não é preciso se gabar por ter um amigo portenho que possa levá-lo para conhecer lugares freqüentados apenas pelos nascidos na capital argentina. O Cicerones de Buenos Aires, organização sem fins lucrativos reconhecida pelo governo, guia os turistas gratuitamente pela capital, aconselha e orienta os viajantes.
"Exigimos que os cicerones tenham vontade de mostrar a cidade e que sejam amáveis com os visitantes", explica o engenheiro sanitarista e presidente da organização, Joaquín Brenman, 60.
Os passeios variam de acordo com o gosto do freguês, e os guias são voluntários, pessoas que "amam a cidade". Não há uma rota fixa. O turista atendido pelo Cicerones precisa ter a "mente aberta" e contar que áreas mais lhe interessam. Arquitetura, museus, vida cotidiana, tango ou futebol.
O viajante que tem aversão a ficar preso em city tours ou com guias na sua cola pode ficar tranqüilo. "Eles nos deixam à vontade", diz o paulista George Vasconcelos de Carvalho, 27, que ficou oito dias em Buenos Aires em novembro de 2003, com a mãe.
O produtor de teatro carioca Celso Lemos, 38, que passou o Ano Novo em Buenos Aires, após ser guiado pelo cicerone Carlos Fuentes na virada do ano, recebeu orientação pelo telefone sobre o que fazer ali nos dias seguintes.
"Não segui todas as dicas, porque algumas me pareciam meio furadas." Mas o carioca diz que atentou para "coisas que passam despercebidas pelo turista".
Os conselhos também ajudam a refrescar o bolso. Uma visita com passeio de barco ao rio da Prata em Tigre, a 29 km de Buenos Aires, custou a Carvalho 7,80 pesos; agências cobram 45 pesos pelo passeio. Ele conta ter seguido a orientação do cicerone de tomar um trem para chegar ao local.
A idéia de criar o grupo surgiu em 2001, numa roda de amigos, viajantes freqüentes, que acreditavam que os portenhos passavam uma imagem negativa não só aos turistas estrangeiros mas também aos argentinos do interior, a despeito de todos os atrativos de Buenos Aires.
"Nossa primeira tentativa foi mudar isso", disse Bramnin, acrescentando que o outro objetivo era reverter a imagem negativa transmitida pela TV --os panelaços, manifestações na capital que culminaram com a renúncia do então presidente Fernando de la Rúa em dezembro de 2001--, que circulou por todo o mundo.
O Cicerones de Buenos Aires funciona desde 2002. Hoje conta com cerca de 50 voluntários, pessoas de 18 a 70 anos, inclusive guias que falam português. Mensalmente, o grupo atende de 20 a 25 grupos de visitantes, com no máximo seis pessoas, em visitas de até três horas de duração, feitas a pé ou em transporte público.
O público brasileiro representa 25% dos atendimentos. O primeiro contato deve ser feito pela internet, por meio do site www.cicerones.org.ar ou do e-mail: cicerones@cicerones.org.ar.
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