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01/06/2006
-
12h03
Colaboração para a Folha de S.Paulo, de Montevidéu
"Cartógrafo" do mapa que apresenta a América do Sul de cabeça para baixo, Joaquín Torres García (1874-1949), nome fundamental da vanguarda artística latino-americana, é também o maior expoente das artes visuais uruguaias e tema de um museu ineludível no centro histórico da capital.
Pintor, professor e teórico, Torres García criou o "universalismo construtivo" --doutrina estético-filosófica que propunha o surgimento de uma arte americana "poderosa e virgem", de caráter mundial e que conjugasse a expressão pré-histórica do continente e elementos construtivistas, dentro de princípios de proporção, unidade e estrutura.
Seguidor
Seu discípulo mais destacado, o lituano José Gurvich (1927-1974), é o eixo de outro museu, aberto há sete meses também na Ciudad Vieja. Escultor, pintor e muralista, Gurvich chegou ao Uruguai aos cinco anos e conheceu Torres García aos 17. Dos costumes judaicos familiares e da proximidade com o mestre uruguaio, Gurvich extrairia os principais motes de seu trabalho, em que também constam cenografias para grupos como El Galpón.
Distante das revoluções pictóricas propostas por Torres García e Gurvich, outros clássicos do Uruguai estão representados no Museu Municipal de Belas Artes Juan Manuel Blanes, no residencial e altamente arborizado bairro do Prado.
No local, o candombe de séculos passados permanece nas telas de Pedro Figari (1861-1938), artista cuja obra está exposta também em outro estabelecimento, a Galeria Pedro Figari, mantida pelo bisneto do pintor Fernando Saavedra. Advogado, político e escritor, Figari ajudou a legitimar, com seus quadros, hábitos e costumes da comunidade negra, fazendo transitar essa cultura entre a elite do Uruguai.
Cronista
Ainda mais recuados no tempo estão os óleos naturalistas de Juan Manuel Blanes (1830-1901), o homenageado principal do museu municipal de Montevidéu. Cronista de momentos épicos e personagens que conformaram a história do Uruguai, Blanes ilustrou igualmente batalhas e oficiais de outras nações, como Chile, Argentina e mesmo o Brasil: seu retrato do general Osório integra hoje o acervo da Academia Militar das Agulhas Negras.
TORRES GARCÍA - De seg. a dom., das 9h às 20h; entrada franca (pede-se uma contribuição voluntária); Peatonal Sarandí, 683
Tels. 00/xx/5982/ 915-6544 e 916-2663.
MUSEU GURVICH - De seg. a sex., das 10h às 18h; sáb., das 11h às 15h; entrada: 25 pesos (às terças-feiras, a entrada é gratuita) r. Ituzaingó, 1.377 Tel. 0/xx/5982/915-7826.
MUSEU MUNICIPAL DE BELAS ARTES JUAN M. BLANES - também está a Sala Pedro Figari. De ter. a dom., das 12h às 18h; av. Millán, 4.015, entrada franca Tel. 00/xx/5982/336-2248.
GALERIA PEDRO FIGARI - as visitas, gratuitas, devem ser agendadas previamente pelo tel. 00/xx/ 5982/901-6643 www.pedrofigari.com.
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Uruguai: Museus expõem arte clássica e de vanguarda
DENISE MOTAColaboração para a Folha de S.Paulo, de Montevidéu
"Cartógrafo" do mapa que apresenta a América do Sul de cabeça para baixo, Joaquín Torres García (1874-1949), nome fundamental da vanguarda artística latino-americana, é também o maior expoente das artes visuais uruguaias e tema de um museu ineludível no centro histórico da capital.
Pintor, professor e teórico, Torres García criou o "universalismo construtivo" --doutrina estético-filosófica que propunha o surgimento de uma arte americana "poderosa e virgem", de caráter mundial e que conjugasse a expressão pré-histórica do continente e elementos construtivistas, dentro de princípios de proporção, unidade e estrutura.
Seguidor
Seu discípulo mais destacado, o lituano José Gurvich (1927-1974), é o eixo de outro museu, aberto há sete meses também na Ciudad Vieja. Escultor, pintor e muralista, Gurvich chegou ao Uruguai aos cinco anos e conheceu Torres García aos 17. Dos costumes judaicos familiares e da proximidade com o mestre uruguaio, Gurvich extrairia os principais motes de seu trabalho, em que também constam cenografias para grupos como El Galpón.
Distante das revoluções pictóricas propostas por Torres García e Gurvich, outros clássicos do Uruguai estão representados no Museu Municipal de Belas Artes Juan Manuel Blanes, no residencial e altamente arborizado bairro do Prado.
No local, o candombe de séculos passados permanece nas telas de Pedro Figari (1861-1938), artista cuja obra está exposta também em outro estabelecimento, a Galeria Pedro Figari, mantida pelo bisneto do pintor Fernando Saavedra. Advogado, político e escritor, Figari ajudou a legitimar, com seus quadros, hábitos e costumes da comunidade negra, fazendo transitar essa cultura entre a elite do Uruguai.
Cronista
Ainda mais recuados no tempo estão os óleos naturalistas de Juan Manuel Blanes (1830-1901), o homenageado principal do museu municipal de Montevidéu. Cronista de momentos épicos e personagens que conformaram a história do Uruguai, Blanes ilustrou igualmente batalhas e oficiais de outras nações, como Chile, Argentina e mesmo o Brasil: seu retrato do general Osório integra hoje o acervo da Academia Militar das Agulhas Negras.
TORRES GARCÍA - De seg. a dom., das 9h às 20h; entrada franca (pede-se uma contribuição voluntária); Peatonal Sarandí, 683
Tels. 00/xx/5982/ 915-6544 e 916-2663.
MUSEU GURVICH - De seg. a sex., das 10h às 18h; sáb., das 11h às 15h; entrada: 25 pesos (às terças-feiras, a entrada é gratuita) r. Ituzaingó, 1.377 Tel. 0/xx/5982/915-7826.
MUSEU MUNICIPAL DE BELAS ARTES JUAN M. BLANES - também está a Sala Pedro Figari. De ter. a dom., das 12h às 18h; av. Millán, 4.015, entrada franca Tel. 00/xx/5982/336-2248.
GALERIA PEDRO FIGARI - as visitas, gratuitas, devem ser agendadas previamente pelo tel. 00/xx/ 5982/901-6643 www.pedrofigari.com.
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