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08/06/2006
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11h47
Enviado especial da Folha de S.Paulo a Nova York
O taxímetro gira com velocidade alegremente lenta, se comparado aos taxímetros de São Paulo. O táxi é amarelo e, como confirmam as cópias em miniatura de táxis amarelos vendidas nas lojas de suvenires, é um símbolo da cidade.
Os manequins "criativos" nas vitrines das boas lojas da Quinta Avenida arrancam grupos de pessoas boaquiabertas da multidão que anda a pé: gente segurando pacotes de compras é outro símbolo da cidade.
Colunas de vapor sobem do bueiros. Truman Capote (1924-1984) as comparou a sinais de fumaça dos índios --em "Bonequinha de Luxo", seu primeiro sucesso, que virou filme com Audrey Hepburn.
Um arranha-céu lembra as grades dos radiadores de carros dos anos 20: assim o quis Walter P. Chrysler, fundador da homônima fábrica de carros. A poucos quarteirões está a casa de King Kong, quando passa por aqui, o Empire State Building. É possível ir ao 102º andar, compartilhando a vista que tanto atrai o poderoso gorila.
Precisa dizer? Estamos na Grande Maçã, ou melhor, na grande árvore das maçãs, nem todas proibidas: Manhattan, NY. Um esplêndido deserto, segundo Mark Twain (1835-1910), onde o ser humano está só em meio a milhões de sua raça. O.k., mas, se Paris é romance, e Milão, estilo, Nova York é energia. Gastronomia, cultura, compras, música, riqueza e poder, conquistas eróticas, possibilidades suberóticas. A cidade acolhe todos os sonhos.
Sonhos, sim, porque Manhattan é uma ilha. E não tem lugar melhor que o perímetro fechado de uma ilha para qualquer projeção fantástica, para evocar utopias ou encontrar o desconhecido. Basta citar o que a vista da Estátua da Liberdade representou para tantos imigrantes que chegaram aqui. O amarelo dos táxis foi escolhido por John Hertz ao fundar, em 1907, a Yellow Cab Company, após ler uma pesquisa que indicava a cor como a mais fácil de se reconhecer.
Nova York, no fundo, é isso: fácil de se reconhecer. Se a cidade é de seus habitantes e de suas fantasias, quem a visita é habitado por essas fantasias tão divulgadas pela arte, pela literatura, pelo cinema e pela TV. A qualquer esquina pode se exclamar: como no cinema!
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Nova York: Símbolos tornam lugar fácil de ser reconhecido
VINCENZO SCARPELLINIEnviado especial da Folha de S.Paulo a Nova York
O taxímetro gira com velocidade alegremente lenta, se comparado aos taxímetros de São Paulo. O táxi é amarelo e, como confirmam as cópias em miniatura de táxis amarelos vendidas nas lojas de suvenires, é um símbolo da cidade.
Os manequins "criativos" nas vitrines das boas lojas da Quinta Avenida arrancam grupos de pessoas boaquiabertas da multidão que anda a pé: gente segurando pacotes de compras é outro símbolo da cidade.
Colunas de vapor sobem do bueiros. Truman Capote (1924-1984) as comparou a sinais de fumaça dos índios --em "Bonequinha de Luxo", seu primeiro sucesso, que virou filme com Audrey Hepburn.
Vincenzo Scarpellini |
Em Nova York, fileira de edifícios na Park Avenue |
Precisa dizer? Estamos na Grande Maçã, ou melhor, na grande árvore das maçãs, nem todas proibidas: Manhattan, NY. Um esplêndido deserto, segundo Mark Twain (1835-1910), onde o ser humano está só em meio a milhões de sua raça. O.k., mas, se Paris é romance, e Milão, estilo, Nova York é energia. Gastronomia, cultura, compras, música, riqueza e poder, conquistas eróticas, possibilidades suberóticas. A cidade acolhe todos os sonhos.
Sonhos, sim, porque Manhattan é uma ilha. E não tem lugar melhor que o perímetro fechado de uma ilha para qualquer projeção fantástica, para evocar utopias ou encontrar o desconhecido. Basta citar o que a vista da Estátua da Liberdade representou para tantos imigrantes que chegaram aqui. O amarelo dos táxis foi escolhido por John Hertz ao fundar, em 1907, a Yellow Cab Company, após ler uma pesquisa que indicava a cor como a mais fácil de se reconhecer.
Nova York, no fundo, é isso: fácil de se reconhecer. Se a cidade é de seus habitantes e de suas fantasias, quem a visita é habitado por essas fantasias tão divulgadas pela arte, pela literatura, pelo cinema e pela TV. A qualquer esquina pode se exclamar: como no cinema!
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