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O que tem na prateleira
O espaço de um produto nas prateleiras e a velocidade com que é reposto costumam ser definidos em contrato com os postos de venda. Milhares de fabricantes empregam funcionários para checar pessoalmente se o acordo é cumprido, mas uma nova ferramenta promete simplificar o trabalho com base em imagens.
Ricardo Sleiman, dono do aplicativo Shelfpix, afirma que empresas poderão usar um terço do pessoal que têm hoje para fazer o mesmo trabalho. "As indústrias podem deixar de verificar apenas supermercados e partir para os pequenos pontos de venda."
Com um aplicativo no celular, o funcionário filma a gôndola do supermercado, formando uma imagem panorâmica, que é enviada para o servidor da Shelfpix com o nome do funcionário, o local e o horário do registro.
Com um algoritmo, o servidor processa a foto e descobre, por exemplo, a quantidade de embalagens de iogurte nas prateleiras, seu volume, os centímetros que ocupam e qual o sabor.
O diagnóstico é feito com base em fotos já registradas, por isso pode falhar caso a luminosidade esteja muito diferente. Nesses casos, funcionários da Shelfpix interpretam a imagem a olho.
"É impossível definir o que está acontecendo depois da primeira fileira, mas essa é a que vale para o comprador", diz Sleiman. Cada verificação custa de R$ 0,25 a R$ 1. O valor cai com o aumento do volume. Até o momento, já foram investidos R$ 2,5 milhões na empresa: 75% são do próprio empresário e 25% do fundo Hi Partners.
O plano é faturar de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões já em 2015. (ANDRÉ CABETTE FÁBIO)