Jantar de autoridade
CARNE PROIBIDA
Em 2004, quando o então presidente Lula recebeu o primeiro-ministro do Japão, Junichiro Koizumi, o prato principal tinha a carne como protagonista. A produção nacional sofria barreiras para ingressar em território japonês. De sobremesa, foi servido um musse de manga. Ali, o recado foi de agradecimento: o Japão tinha liberado, após 27 anos, o ingresso da fruta em seu mercado
BOBÓ E CHARLOTTE
Na visita de Kofi Annan, natural de Gana e então secretário-geral da ONU, em 1998, o cardápio teve inspiração afro-brasileira, com bobó de camarão e charlotte de maçã com calda de damasco
POLIGLOTA
O cardápio é sempre traduzido para línguas mais recorrentes como inglês, francês e espanhol. Dependendo do visitante, pode-se acrescentar árabe ou chinês
O QUE TEM PARA HOJE
Nesta sexta-feira (24), Dilma recebe a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye. O cardápio: tortinha de carne-seca, abóbora e Catupiry, moqueca mista capixaba, arroz branco, farofa e vatapá. De sobremesa, bolo de rolo, sorvete de tapioca, calda de pitanga e frutas
LIBERDADE POÉTICA
No cardápio do Itamaraty, quindim é "coconut surprise" (surpresa de coco) e bobó de camarão vira "Bahian shrimp" (camarão baiano). A feijoada é explicada por seus ingredientes, como feijão preto e carnes defumadas
SEM SURPRESAS
Para evitar problemas à mesa, todos os convidados de alto escalão, como chefes de Estado e chanceleres, são questionados com antecedência pelo Itamaraty sobre possíveis alergias
GAFE
Em 1968, ao fazer um brinde para a rainha Elizabeth 2ª, o general Costa e Silva saudou a visitante com a expressão "God....", mas esqueceu o final da frase, "save the queen", e repetiu a palavra seguidamente. Um auxiliar precisou ajudar o militar
DESCONTRAÍDO
Ao assumir, Lula adotou o formato de buffet. Assim, buscava-se aumentar a descontração e permitir que convidados conversassem no percurso entre mesa e balcão. Dilma retomou o formato em que recebe-se o prato já elaborado