Marco Archer morreu com um único tiro, disparado no peito
O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, 53, morreu com um único tiro, disparado contra o peito.
O brasileiro foi amarrado a uma estaca, assim como os outros cinco condenados à morte executados no sábado (às 15h30, pelo fuso horário de Brasília) na Indonésia.
Ele foi o segundo dos cinco a morrer, em uma área descampada do complexo de prisões de Nusakambangan, em Cilacap, a 400 km da capital Jacarta. Foram mortos ainda um holandês, um nigeriano, uma indonésia e um cidadão do Maláui. Em outra prisão, uma vietnamita foi fuzilada.
O disparo foi dado à 0h30 local e ele foi declarado morto dez minutos depois, segundo Tony Spontana, porta-voz da Procuradoria-Geral, órgão responsável por levar adiante as execuções na Indonésia.
A oficial de chancelaria Ana Carmen Caldas, funcionária do Itamaraty, estava na ilha de Nusakambangan, mas não presenciou a execução.
Ela ouviu um "estrondo" e, mais tarde, reconheceu o corpo de Marco na prisão.
Neste domingo (18), a tia materna do brasileiro, a advogada Maria de Lourdes Archer Pinto, 61, providenciou a cremação do sobrinho. Ela disse que Marco estava "sereno". As cinzas serão levadas para o Brasil nesta semana.
Maria de Lourdes foi a última a estar com o brasileiro antes de ele morrer. "Ele me abraçava e chorava. O que me conforta foi que cheguei [à Indonesia] a tempo de vê-lo."