Outro lado
Prisão não foi ilegal, afirma embaixada
Miguel Griesbach de Pereira Franco, ministro conselheiro da Embaixada do Brasil em Moscou, disse que a prisão de Gisane Grillot não foi ilegal. Ele afirmou que a empresária violou dois dispositivos da lei russa.
Um deles é a obrigatoriedade de o estrangeiro fazer um registro ao chegar. "Aqui, é preciso se registrar no local onde se hospeda, mesmo em hotel, e ela não o fez. Além disso, ela ficou mais de 90 dias no país, que é o período permitido como turista sem necessidade de visto."
Segundo Franco, a prisão de Gisane teve um trâmite legal. "Seu caso foi julgado por um juiz, que deu prazo para que se fizesse um levantamento do que ela estava fazendo aqui", afirmou.
A demora, segundo ele, foi motivada pelo processo muito burocratizado, em que tudo tem que ser traduzido do russo para o inglês.
"Mas isso acontece em outros países também. Nos Estados Unidos, uma pessoa pode ficar até três meses presa por essa violação", disse o ministro conselheiro da Embaixada do Brasil em Moscou.
Franco disse que a embaixada estava em contato com o serviço federal que cuida do assunto, com o advogado e com a filha de Gisane.