Metrô paulista tem limitação gerencial, afirma consórcio
O consórcio Isolux Córsan-Corviam, responsável pelas obras da linha 4-amarela, afirmou que a iniciativa de rompimento do contrato partiu dele e que há "limitações gerenciais" no Metrô de SP.
Ele afirma que entregou há cerca de 15 dias uma carta à companhia cobrando documentos que inviabilizavam a continuidade das obras.
Entre eles, a regulação de aditivos (alterações contratuais) e a entrega de projetos executivos (mais detalhados do que os projetos básicos).
"Como não houve nenhuma manifestação do Metrô, reforçando as limitações gerenciais daquele órgão, a empresa tomou a decisão de pedir a rescisão do contrato e encaminhar a questão para um processo de arbitragem. Isto também significa que nenhuma multa foi aplicada", informou ele, em nota.
A Corsán também participa de lote do Rodoanel Norte com a empreiteira Mendes Junior, envolvida na Operação Lava Jato. O governo diz que a obra tem ritmo "crítico" e estuda uma rescisão.
O consórcio Isolux Córsan-Corviam disse ainda que problemas financeiros de outras obras tocadas por ele no país não impactaram na execução da linha 4-amarela em SP.
Segundo a empresa, foram feitas melhorias além do previsto no projeto, sem que isso tivesse sido pago pelo Metrô. O consórcio cita como exemplo a estação Fradique Coutinho. Afirma que nela estavam previstas paredes com cimento queimado, revestimento que acabou alterado para pastilhas coloridas, a pedido da companhia ligada ao governo Geraldo Alckmin (PSDB), encarecendo os custos.