Outro Lado
Velocidade menor ajuda pedestre, diz Tatto
Secretário municipal dos Transportes afirma também que Prefeitura de SP fará programa para alargar calçadas
O secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, afirma que a gestão Fernando Haddad (PT) tem atuado para melhorar a segurança de pedestres ao reduzir os limites de velocidade –o que já ocorreu em mais de 90 km de vias da capital.
A partir desta segunda-feira (3), as avenidas São João e Amaral Gurgel, na região central também terão a redução. "A medida principal para proteger o pedestre é reduzir a velocidade. Há um problema sério na cidade do ponto de vista de acidentes", diz.
Tatto afirmou à Folha que a prefeitura vai lançar em breve um programa para ampliar a largura das calçadas.
Segundo ele, os detalhes ainda estão sendo definidos, mas que a medida deve ser anunciada ainda em agosto, com um projeto piloto.
O objetivo é aumentar o espaço para pessoas em áreas movimentadas da cidade onde a circulação é dificultada por passeios muito estreitos ou com estrutura ruim.
Tadeu Leite Duarte, diretor de planejamento da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), diz que os orientadores de travessia faziam parte de uma ação temporária. "Como toda campanha, tem começo e tem fim."
Ele afirma que, na atual gestão, as ações para ampliar a segurança dos pedestres "são permanentes".
Entre elas, cita as faixas diagonais criadas em alguns cruzamentos da cidade para agilizar as travessias, as chamadas "áreas 40" (onde o limite de velocidade máximo é de 40 km/h), e o reforço da fiscalização.
"Proteção ao pedestre não é só com orientador, o programa continua forte e firme."
A CET diz que aumentou a fiscalização de infrações referentes ao programa de proteção ao pedestre: avançar no sinal vermelho, parar sobre a faixa de pedestres, deixar de dar preferência a pedestres na travessia, entre outras.
Dados da companhia obtidos pela Folha mostram que, até o fim de 2014, as multas relacionadas a proteção ao pedestre vinham caindo até –foram 117 mil multas naquele ano contra 130 mil em 2013 e 196 mil em 2012.
Porém, entre janeiro e junho deste ano, o número voltou a crescer, para 154 mil.
ACESSIBILIDADE
Em nota, a prefeitura afirmou também que a lei das calçadas "é um incentivo para que os munícipes invistam recursos próprios para a manutenção de suas calçadas e não [tem o objetivo de] aumentar valores de multas por falta de reparos ou má conservação".
Segundo a administração, 620 multas foram canceladas porque os moradores consertaram as calçadas.
No entanto, outras 7.644 foram mantidas por falta de regularização ou pelo fato de o morador não ter comunicado oficialmente a subprefeitura sobre eventuais reparos.
"O objetivo da administração municipal é garantir condições de acessibilidade, mobilidade e segurança para toda a população, por meio da mudança de comportamento", diz o texto.