Colégios técnicos puxam melhora de públicos no topo
A presença de escolas públicas entre as melhores médias do Brasil no Enem avançou novamente em 2014, embora ainda seja minoritária.
A elite das escolas públicas é formada por uma maioria de colégios federais, que geralmente têm cursos técnicos ou são ligados a universidades e fazem seleção de alunos.
Entre os 10% dos colégios mais bem colocados no exame, 9,4% eram públicos. Desses, dois terços são federais e um terço, estaduais –boa parte com cursos técnicos.
No Enem 2013, eram 7,3% escolas públicas entre as melhores no exame –no primeiro avanço em quatro anos.
Essa participação passou a cair em 2009, quando houve a ampliação do Enem, que passou a funcionar, na prática, como um vestibular para selecionar calouros das universidades federais.
Apesar do novo avanço, a escola pública com melhor média aparece só na 22ª posição do ranking: Instituto Federal do Espírito Santo, em Vitória, colégio técnico que seleciona seus alunos.
No último Enem, o público com maior nota –colégio de aplicação da UFV (Universidade Federal de Viçosa-MG)– aparecia na 12ª posição. Nos resultados de 2012, a mesma escola figurava em 7º, mas em 2014 ela aparece em 32º.
Especialistas veem com cautela os resultados das escolas no Enem.
Eles ponderam que avanços no ranking não significam necessariamente melhora das redes de ensino, o que só é obtido com provas que apuram a qualidade da educação, como a Prova Brasil.