Eleições 2014
Tucano sempre foi protegido, diz Dilma
Presidente afirma que Aécio não está acostumado a receber críticas porque tinha 'certa blindagem' da imprensa em Minas
Petista diz também não gostar do tom do rival e defende que ele 'prove' acusação de que governo federal mente
A presidente Dilma Rousseff (PT) rebateu nesta quarta-feira (15) críticas de que teria subido muito o tom contra o adversário Aécio Neves (PSDB) no debate entre candidatos à Presidência promovido pela TV Bandeirantes na véspera (14). Segundo a presidente, o tucano se incomoda com críticas porque não está acostumado.
"O candidato não está acostumado a receber críticas porque ele tinha uma certa blindagem quando foi governador de Minas", atacou a petista, referindo-se à cobertura jornalística local na época em que Aécio governava o Estado (2003-2010).
Dilma participou de um evento em comemoração do Dia do Professor em um espaço na avenida Paulista, em São Paulo.
Ela repetiu dados que expôs no debate, como o fato de o governo de Minas ter assinado um termo de ajustamento de gestão para poder fazer investimentos abaixo do mínimo constitucional em saúde e educação e, assim, ter deixado de aplicar R$ 7,6 bilhões e R$ 8 bilhões nessas áreas, respectivamente.
A presidente também lembrou a construção pelo Estado de um aeroporto na cidade de Cláudio (MG), próximo a uma fazenda do ex-governador --caso revelado pela Folha--, e o fato de ele ter empregado parentes na administração estadual.
"Não é correto ele achar que ele pode falar tudo e nós não podemos falar nada. Tem aí um componente, eu acredito, um tanto... talvez o candidato tenha sido protegido a vida inteira. Talvez seja isso", disse Dilma. "Todo mundo que quer ser presidente da República é obrigado a debater", acrescentou.
Apesar da crítica, a presidente também disse não gostar do tom do candidato tucano nas discussões.
"Eu não gosto do tom que ele fala, acho que em alguns momento não é correto. Agora, entre isso e dizer que nós ficamos contando mentiras, eu quero que o candidato prove onde estão", afirmou.