Reajuste de medicamentos pode ser menor
Cálculo do aumento dos preços foi alterado pelo governo e entra em vigor em 31 de março
O Ministério da Saúde e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciaram mudanças na forma de cálculo de reajuste do preço dos medicamentos.
A previsão, segundo o governo, é que a mudança traga um índice de reajuste abaixo da inflação e menor do que o índice que seria calculado de acordo com as regras anteriores. Além disso, mais medicamentos devem ter reajuste menor de preço neste ano.
Isso ocorre após uma alteração nos fatores que, além da inflação do período, são considerados no cálculo, como a produtividade das indústrias, o custo dos insumos e, principalmente, a concorrência dentro do setor.
Em geral, os medicamentos são divididos em três níveis, que recebem três diferentes índices de reajuste máximo permitido no preço dos produtos.
Pela regra, medicamentos de maior custo e com menor concorrência de mercado têm índice menor de reajuste, enquanto os de maior concorrência, que abrangem os mais utilizados e cuja indústria tende a manter os preços, têm índice maior.
Segundo o governo, a mudança nos critérios trará uma redução no total de medicamentos de nível 1, tidos como de "maior concorrência" por serem mais comuns e, assim, sujeitos a um índice maior de reajuste --de 41,5%, esses remédios passam a 21,6% do total. Com isso, esses remédios podem ter variação menor nos preços neste ano.
Nessa lista entram medicamentos como omeprazol (tratamento de gastrite) e amoxicilina (para tratar infecções urinárias e respiratórias).
A mudança, por outro lado, também trouxe redução no número de medicamentos de nível 3, ou seja, aqueles que são produzidos por menos empresas e têm menor concorrência de mercado.
Antes do novo cálculo, 56,8% dos medicamentos estavam nessa lista, que prevê um índice menor de reajuste nos preços. Agora, são 51,7%.
O novo cálculo passa a valer a partir de 31 de março.