Fechar espaço aéreo seria 'crítico', afirma associação de empresas
RIO-2016 Mau planejamento da ação vai afetar usuários, diz executivo
O fechamento parcial do aeroporto Santos Dumont durante os 11 dias das competições de vela nos Jogos do Rio é visto como "crítico" por Ronaldo Jenkins, diretor de segurança e operações de voo da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas).
Para o executivo, a falta de planejamento e de agilidade para ratificar a decisão –que sua entidade condena– põe em risco o "bom atendimento e conectividade de quem vem assistir à Olimpíada".
"Já colocamos nossa posição por meio de ofício, posicionamento e nota. Mas a decisão é do governo", contou.
O Comitê Olímpico Internacional pediu dez horas de suspensão de voos para que helicópteros possam fazer a transmissão e para evitar influência do vento nos barcos.
Hoje, fala-se em quatro horas e meia, porém não houve definição –a revelação da discussão foi feita pelo ministro George Hilton (Esporte) em sabatina na Folha.
O atraso na definição impede o bloqueio na venda de passagens aéreas, o que deve gerar prejuízo a companhias aéreas, que disponibilizam bilhetes mais de 300 dias antes dos voos. "Essa decisão tem que ser tomada o quanto antes para diminuir o impacto", afirmou.
A Abear estima que 150 mil passageiros serão afetados pelo cancelamento de cerca de 104 voos por dia. "Onde botar 150 mil passageiros? É incógnita. O Galeão não tem capacidade para absorver tais voos. Não vamos atender na plenitude a oferta que tínhamos no Santos Dumont."