Mercado aberto
MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br
Cresce volume de remédios incluídos no SUS
O número de novos medicamentos incorporados ao SUS mais que dobrou neste ano em comparação com 2013, segundo a Interfarma (que representa a indústria farmacêutica de pesquisa).
As solicitações de inclusões, entretanto, se mantiveram estáveis no período.
De janeiro a dezembro de 2014, foram feitos 65 pedidos, dos quais 54 foram aceitos. Em 2013, esse volume era de 64 e 23, respectivamente.
A categoria de medicamentos contra o câncer, que segundo a entidade lidera as solicitações de inclusão, não acompanhou o mesmo ritmo.
Dos 37 processos protocolados desde 2012, início das atividades da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao SUS), órgão ligado ao Ministério da Saúde, somente oito foram aprovados.
"É natural que sejam aprovados medicamentos mais simples e de menor custo", afirma Antônio Britto, presidente-executivo da entidade.
"Precisaríamos discutir se a incorporação de medicamentos comprovados e necessários não resolveria boa parte da judicialização a um preço mais baixo para o sistema público."
Uma substância incorporada pode ter custo 60% inferior ao praticado no mercado, segundo Britto.
Procurada, a Conitec informou que os tratamentos oncológicos são decididos individualmente pelas unidades de saúde e não requerem pedidos de incorporações.
"Qualquer medicamento registrado na Anvisa pode ser usado em pacientes com câncer, mas alguns são negados por não terem sua eficácia e segurança comprovadas", diz Clarice Alegre Petramale, presidente da Conitec.
Entidades, empresas e pessoas físicas podem pedir inclusões de tratamentos no sistema público de saúde.
CARTA CULTURAL
A Sodexo, que atua com pagamentos e benefícios, fechou um contrato com os Correios para fornecer cartões do Vale-Cultura para os funcionários da estatal.
O grupo não informou o valor do negócio, que permitirá atender até 101 mil trabalhadores da empresa pública. É o maior contrato com uma única companhia assinado na modalidade pela Sodexo.
Cerca de 80 mil já aderiram ao benefício (a participação no programa é facultativa), o que representa 64% do efetivo total da estatal, que é de 125 mil empregados, segundo os Correios.
O pagamento consiste em um crédito mensal de R$ 50 para a compra de ingressos para teatro, museu e cinema, ou de produtos culturais, como livros, CDs e DVDs.
O valor também pode ser usado para o pagamento de mensalidades de cursos de dança e música, por exemplo. Os créditos são cumulativos e não têm data de validade.
Em todo o país, mais de 700 mil trabalhadores foram cadastrados no programa, de acordo com dados do Ministério da Cultura.
R$ 48 milhões
será o desembolso anual dos Correios no programa
32 mil
era o número de beneficiários do Vale-Cultura na Sodexo, antes do contrato com a estatal
Com projetos adiados, setor de galpões logísticos terá alta em 2015
O setor de condomínios logísticos deverá ampliar em 15,5% a entrega de novos projetos no Estado de São Paulo em 2015, na comparação com este ano, segundo a Herzog, de consultoria e gestão de empreendimentos.
Parte do crescimento no próximo ano será resultado de obras que estavam previstas para 2014, mas que tiveram a sua entrega adiada.
"Muitos grupos se adequaram ao momento da economia e desaceleraram os seus projetos", diz Simone Santos, diretora da empresa.
"Como a maioria dos condomínios é construída de forma modulada, essa mudança no ritmo de entregas pode ser feita de maneira rápida."
No fim de 2013, a empresa havia projetado que 1,8 milhão de metros quadrados seriam inaugurados neste ano no Estado, mas o número deverá ficar em 952 mil m².
A vacância registrada nos galpões de São Paulo terminará 2014 perto de 20%.
O empresário Guilherme Rossi, presidente da GR Properties, diz que o cenário melhorou nos últimos dois meses, após um período de baixa procura por locação.
"Houve um crescimento principalmente de empresas de distribuição e e-commerce, que buscaram galpões no entorno da capital", diz.
A GR tem no portfólio cinco condomínios em operação. O grupo manteve o seu cronograma e entregará mais três em 2015, com um aporte de R$ 210 milhões.
Turma... O conselho de administração da Pif Paf, do setor de processamento de aves e suínos, tem novos membros.
...nova São eles José Mário Caprioli dos Santos, presidente da holding Azul S.A., e Elaine Lustosa, da Triscorp.
Protestos em SP O número de títulos protestados em novembro subiu para 88.903, alta de 20,29% ante outubro.
custo para estrangeiros
O Rio de Janeiro subiu 46 posições no ranking das localidades mais caras para expatriados viverem, segundo pesquisa da consultoria ECA International feita com base em preços em dólares.
A cidade, que em 2013 havia ficado no 130º lugar, agora ocupa a 84ª posição.
A empresa ressalta em seu relatório, no entanto, que, com a recente desvalorização do real, o Rio deverá perder posições no levantamento nos próximos meses.
Caracas, na Venezuela, que no ano passado pela primeira vez havia assumido o posto de cidade mais cara do mundo para trabalhadores estrangeiros, permaneceu no topo do ranking.
A taxa de câmbio fixa oficial da Venezuela supervaloriza o bolívar, o que eleva os custos para os expatriados, ainda de acordo com a análise da consultoria.
Atrás de Caracas ficaram Luanda (Angola) e Oslo (Noruega). Além da capital venezuelana, a outra localidade das Américas que aparece entre as 50 mais caras do mundo é Manhattan, em Nova York, em 40º lugar.
Buenos Aires, por sua vez, recuou da 63ª posição em 2013 para a 125ª neste ano. A depreciação do peso teve um efeito mais forte no custo para os expatriados do que a alta da inflação, diz a empresa.
O cálculo levou em consideração despesas como alimentos, vestuário, serviços domésticos e de lazer.