Bolsa de SP cai e destoa de otimismo no mundo
Baixa do petróleo fez ação da Petrobras recuar
A instabilidade das ações de Petrobras e bancos levou o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, a cair 0,45% nesta a quinta (18), para 48.495 pontos.
Com isso, destoou do clima positivo nos mercados internacionais, que refletiram a sinalização por parte do banco central dos EUA (Fed) de que será paciente para subir os juros naquele país.
Nos EUA, as Bolsas tiveram fortes altas: o índice Dow Jones subiu 2,43% --maior ganho diário desde dezembro de 2011-- e o S&P 500 ganhou 2,40% --maior alta em um dia desde janeiro de 2013.
Essa sinalização do Fed, segundo operadores, deixou os estrangeiros mais dispostos a tomar riscos em aplicações de mercados emergentes. Com isso, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, recuou 1,67%, a R$ 2,655, e o dólar comercial, usado no comércio exterior, cedeu 1,70%, também para R$ 2,655.
O Banco Central fez novo leilão de linha de US$ 2 bilhões para injetar recursos novos no mercado, atendendo a demanda de fim de ano por dólares.
Seguindo o recuo do preço do petróleo, as ações da Petrobras fecharam em queda: 2,07% nas preferenciais (sem direito a voto), para R$ 9,46, e 0,22% nas ordinárias (com direito a voto), para R$ 9,02.
No setor financeiro, o de maior peso do Ibovespa, as ações recuaram com novas especulações sobre a volta da CPMF (o imposto do cheque). Itaú perdeu 0,75%, Bradesco caiu 0,6% e Santander teve desvalorização de 0,61%.