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Dificuldade acompanha freio no crédito
A dificuldade crescente das empresas em conseguir recursos novos acompanha o movimento de desaceleração do mercado de crédito brasileiro.
Segundo o Banco Central, as operações de crédito registraram no ano passado o menor ritmo de crescimento em 11 anos.
Para as empresas, a situação deve permanecer difícil neste ano. A previsão é de alta de apenas 0,7% na produção industrial e de 0,13% de expansão do PIB, segundo o relatório Focus, do BC.
Um grupo crescente de economistas, contudo, já não descarta recessão.
Do lado do mercado de crédito, a tendência é de aumento nos juros, acompanhando a alta da Selic.
Desde outubro, o BC vem elevando a taxa, hoje em 12,25% ao ano, e, mesmo assim, diz que os "avanços alcançados no combate à inflação ainda não se mostram suficientes".
O crédito mais caro afeta a maior parte das empresas brasileiras. De acordo com o levantamento da CNI, 54% utilizam empréstimos bancários, enquanto 27% financiam-se exclusivamente com recursos próprios.