Mercado aberto
MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br
Grupo construirá shopping center de R$ 360 mi no interior de São Paulo
O grupo paulista GMR, que atua nos segmentos imobiliário e de energia, terá um novo shopping em Piracicaba, no interior de São Paulo.
A empresa vai aproveitar o prédio histórico de uma antiga tecelagem para construir um centro de compras com espaço para 250 lojas.
O investimento total será de R$ 360 milhões, dos quais 50% de capital próprio e o restante financiado.
"Piracicaba tem hoje só um shopping, enquanto cidades do mesmo porte no Estado já possuem um número maior, por isso avaliamos que há um bom potencial", diz o sócio-diretor, Guilherme Sahade.
O local também abrigará um hotel com 210 quartos e uma pequena central hidrelétrica suficiente para abastecer todo o complexo, de acordo com o executivo.
O shopping deverá ser entregue em outubro de 2017.
O grupo tem outros dois centros de compras em desenvolvimento, em Itapevi (SP) e Poá (SP), cada um com área locável de 30 mil m².
"Optamos por concentrar os investimentos em um raio de até 200 quilômetros de São Paulo, por acreditar que é uma região menos impactada pelos efeitos da crise."
Na área imobiliária, a GMR já entregou aproximadamente 60 edifícios comerciais e residenciais, sobretudo no Estado de São Paulo.
A empresa também é sócia do BTG Pactual e da gestora P2 (joint venture entre Pátria e Promon) em usinas hidrelétricas e eólicas no Chile e no Peru. É ainda acionista da CPFL Renováveis.
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Antena... A operadora Oi instalou cerca de 670 mil portas de acesso à internet banda larga no Brasil em 2014. Durante o ano, também foram implantados 2.000 novos sites com antenas de tecnologias 2G, 3G e 4G.
...de celular A Claro instalou cerca de 1.300 novos sites de tecnologia móvel 3G e 90 4G. A empresa também realizou a expansão de 5.000 sites já existentes. A TIM e a Vivo não divulgam esses dados por os considerarem estratégicos.
Taça A vinícola Perini vai inaugurar um novo parque fabril até junho. Foram investidos R$ 18 milhões no empreendimento, que aumentará a capacidade de produção em 30%. Em 2014, a empresa faturou R$ 75 milhões.
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Foco dos investimentos na indústria mudou, diz CNI
A desaceleração da indústria brasileira vem obrigando as empresas a mudarem o foco de seus investimentos.
A parcela que injetou dinheiro na ampliação de sua capacidade foi de 22,3% em 2014, enquanto em 2013, 28,5% das companhias investiram em expansão, segundo a CNI (entidade que representa o setor).
Em contrapartida, a introdução de novos produtos e o aprimoramento de processos fabris tiveram seus ritmos de crescimento acelerados.
Cerca de 15% das empresas consultadas aportaram recursos na criação de novas mercadorias em 2014 -em torno de dois pontos percentuais a mais que no ano anterior.
A alta foi igual entre as companhias que investiram na otimização do processo de fabricação, que representaram 38,2% em 2014.
"Com o cenário econômico desfavorável, as empresas não precisam aumentar sua capacidade, pois já conseguem atender a demanda atual", afirma Flávio Castelo Branco, da CNI.
"Por causa do pessimismo, elas focam na melhoria do processo produtivo, para reduzir custos e ser mais eficientes, e também na adequação de seus produtos, para se tornarem mais competitivas frente aos concorrentes."