Mercado aberto
MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br
Adesão a planos de saúde diminui ritmo, diz entidade
O crescimento do número de beneficiários de planos de saúde em 2014 foi o menor desde, pelo menos, 2009, de acordo com dados da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar).
O total de clientes de planos médico-hospitalares chegou a 50,8 milhões, o que representa uma alta 2,55% na comparação com 2013. Em 2009, o incremento havia sido de 2,64%. No ano seguinte, porém, houve uma recuperação de 5,54%.
"Esse resultado [de 2014] é decorrente do atual ciclo econômico. Com a queda da renda agregada nacional, é natural que o desempenho do segmento caia", diz Marcio Serôa de Araujo Coriolano, presidente da entidade.
O crescimento só não foi menor em razão da participação das pequenas e médias empresas na contratação de planos corporativos.
Esse segmento registrou alta de 3,28% em 2014, com 33,7 milhões de beneficiários. O familiar avançou 0,94%.
"O dinamismo do mercado está sendo muito influenciado pelos pequenos negócios graças à empregabilidade ainda estável", afirma o executivo, que também preside a Bradesco Saúde.
O setor prevê para este ano uma expansão ainda menor. "Ficará na faixa de 2%. O rendimento ainda é alto, o desemprego não é tão forte e o segmento, geralmente, é o último afetado pela crise porque é essencial à população."
As 27 operadoras associadas à FenaSaúde detêm 41,5% do total de beneficiários do país.
passaporte sem carimbo
A parcela de viajantes que necessitam pedir um visto com antecedência para entrar em um país diminuiu de 77% em 2008 para 62% no ano passado, segundo levantamento da OMT (Organização Mundial do Turismo).
Entre 2010 e 2014, um total de 50 destinos facilitou o processo de concessão do documento para cidadãos de 30 países ou mais.
As modificações incluem a substituição da exigência do visto antecipado pela permissão dada na chegada do visitante no país, pela concessão do documento pela internet ou até pela liberação total da entrada de estrangeiros.
A região central da África é hoje a que mais exige o visto antecipado. De acordo com a pesquisa, 91% da população global que viaja para a localidade precisa retirar a permissão com antecedência.
Em seguida, aparecem o norte da África e a América do Norte, com 85% e 84%. respectivamente. A média na Europa é de 75%.
As regiões menos exigentes são o leste africano (31%) e o sudeste asiático (38%), com destaque para Macau, Filipinas e Hong Kong. Na América do Sul, exige-se o visto antecipado de 55% dos visitantes.
Papéis... O volume de títulos protestados na cidade de São Paulo subiu 17,6% em janeiro de 2015, ante o mês anterior, e atingiu 108.540 documentos, segundo o Instituto de Protestos. Em relação a janeiro de 2014 a alta foi de 20,8%.
...da dívida Foram cancelados 20.133 títulos em janeiro, 4,4% a mais que em dezembro. Do total de títulos protestados, 62,7% foram duplicatas, 2,6% cheques e 1,88% promissórias. O estudo foi feito com dez tabeliães na capital.
Moda... A Bibi, de calçados infantis, vai abrir 26 novas lojas no Brasil neste ano, mais que o dobro do plano de expansão executado em 2014. A primeira inauguração vai ocorrer em abril na rua Oscar Freire, em São Paulo.
...para pequenos A meta é alcançar cem pontos em funcionamento até o final deste ano. A empresa também planeja exportar 35% de sua produção, com foco no mercado asiático. Em 2014, foram embarcados 18% do total.
Mordida A rede de lanchonetes Fry's prevê abrir 11 unidades neste ano, das quais seis ficarão no Rio de Janeiro e três em São Paulo. O aporte em cada franquia é de cerca de R$ 1 milhão. Hoje, são cinco lojas no eixo Rio-São Paulo.
Rumo certo Medidas adotadas pelo governo britânico vão melhorar a situação econômica do país no longo prazo, na avaliação de 86% de um total de 108 dirigentes de grandes companhias entrevistados pela consultoria Ipsos Mori.
Racionamento de água no RJ pode causar prejuízo de R$ 192 mi por dia
A implantação de um racionamento de água no Estado do Rio de Janeiro pode provocar um prejuízo diário de R$ 192 milhões ao comércio fluminense, de acordo com pesquisa da Fecomércio-RJ.
No Estado, 101.377 estabelecimentos, que representam 18,2% do segmento local, foram apontados como direta ou indiretamente impactados caso a medida seja adotada.
Ao todo, eles empregam 763.054 trabalhadores.
No levantamento, constam 53 atividades comerciais com grande potencial de perdas, como lavanderias, serviços de limpeza e estabelecimentos do ramo alimentício.
Para se chegar à estimativa, levou-se em consideração o faturamento previsto em cada um dos pontos afetados em um dia útil de trabalho.
"O setor já enfrenta um ano difícil, com uma inflação em alta e impostos mais elevados. A crise hídrica só vem se somar a essa conjuntura", diz Christian Travassos, economista da federação.
Como São Paulo, o Rio de Janeiro vive sua pior crise hídrica. O nível dos quatro principais reservatórios do Estado está abaixo do ideal.
BANCO NO BOLSO
O uso de tecnologias móveis como canal primário de atendimento deverá representar 30% das operações bancárias globais daqui a cinco anos, segundo executivos do setor ouvidos pela EIU (Economist Intelligence Unit).
Hoje, a parcela é de 12%. Na América Latina, a utilização de aparelhos como smartphones e tablets para movimentação bancária deverá passar de 9% para 27% em igual período.
Entre os clientes de bancos que não usam as novas tecnologias, a preferência pelo computador de mesa e a falta de confiança na segurança são apontadas como as duas principais razões.
Foram consultados 111 executivos e 1.827 consumidores. A pesquisa foi encomendada pela SAP, do setor de TI.