Efeitos da Lava Jato 2
Demissão de operários é 'farsa' de construtora, diz prefeito do Rio
Segundo Paes, empresa procura antecipar repasse pela construção de parque olímpico
DO RIO - O prefeito do Rio, Eduardo Paes, classificou a demissão de operários do parque olímpico de Deodoro, no Rio, como uma "farsa para pressionar" a administração municipal.
Nesta quinta (2), a construtora Queiroz Galvão oficializou a demissão de 70 funcionários do complexo esportivo. Outros 500 receberam aviso prévio. A justificativa foi que o poder público está atrasando os pagamentos referentes à obra.
Em entrevista à Folha, operários demitidos disseram que, segundo os relatos de funcionários da Queiroz Galvão, todos serão recontratados assim que a Prefeitura do Rio quitar as suas obrigações.
"Não tem nenhum problema no pagamento da obra. Estamos em dia", disse Paes, no canteiro de obras.
Para ele, a Queiroz Galvão anunciou as demissões a fim de receber mais rápido os repasses correspondentes à construção do complexo, um dos principais centros de competição dos Jogos de 2016.
"Não vai ter pressão para que a obra saia com contrato aditivado. Vamos pagar segundo as regras de controle."
A Queiroz Galvão não comentou as declarações de Paes e informou, em nota, que "as obras encontram-se rigorosamente dentro do cronograma".