Aéreas criticam preço do combustível no país
Valor é inferior apenas ao do Maláui e tem impacto no resultado das empresas, diz Iata
A Iata, associação que representa 257 companhias aéreas no mundo, criticou o preço do combustível de aviação no Brasil --de acordo a organização, o segundo mais caro do mundo, atrás do cobrado no Maláui, país da África.
Em discurso de abertura da assembleia anual da Iata, Tony Tyler, presidente da entidade, disse nesta segunda-feira (8) que o preço do combustível é um "grande desafio" no Brasil e na África.
Segundo a Iata, o combustível para voos domésticos representa até 40% do custo das companhias aéreas no Brasil, ante 30%, em média, no restante do mundo.
A entidade já criticou em outras ocasiões o preço da querosene de aviação praticado no Brasil.
O problema se dá principalmente porque a Petrobras adota valores internacionais para fixar o preço do galão, embora entre 75% e 80% do combustível de aviação seja produzido no Brasil. Os Estados cobram ainda alíquotas variadas de ICMS, o que eleva o preço do produto.
A questão afeta a competitividade das empresas, segundo a Iata.
A entidade prevê que o lucro global das empresas neste ano será de US$ 29,3 bilhões, quase o dobro do de 2014, graças à queda na cotação do barril de petróleo.