Levy reabre Carf e diz que dúvidas são passageiras
O ministro Joaquim Levy (Fazenda) afirmou nesta terça (28) que o governo pode aumentar a meta de poupança para pagar juros da dívida dos próximos anos se a economia reagir.
Questionado por jornalistas sobre a possibilidade de uma meta maior já para 2016, Levy disse que o assunto está sendo discutido e dependeria de vários fatores, o principal o desempenho da economia.
"Certamente em 2017, se as coisas transcorrerem da forma como estamos pensando, é possível planejarmos, e eventualmente ainda há tempo para isso, metas maiores", disse Levy.
As declarações foram dadas antes de a S&P anunciar a mudança no viés da nota brasileira.
As metas de superavit primário são de 0,7% para 2016 e 1,3% para 2017.
Para ele, as incertezas que rondam a economia brasileira e prejudicam os agentes econômicos "são fenômenos passageiros".
Levy minimizou a alta do dólar e disse acreditar que a turbulência é temporária.
O ministro também afirmou contar com recursos de julgamentos do Carf para recuperar receitas. O órgão que analisa recursos contra decisões da Receita, retomou suas atividades nesta terça, após ter tido suas atividades suspensas há quatro meses com a deflagração da Operação Zelotes, que investiga esquema de venda de sentenças.
Há um estoque de processos já julgados no valor de R$ 100 bilhões. Parte está pronta para ser cobrada. Novos julgamentos devem ocorrer na segunda semana de agosto.