Preço do petróleo recua pela sétima semana consecutiva
Barril chegou a atingir o seu menor valor em mais de seis anos na Bolsa de Nova York
O preço do barril de petróleo em Nova York chegou a atingir nesta sexta-feira (14) o menor valor em seis anos e meio, ainda diante de preocupações sobre o excesso de oferta no mercado mundial.
O barril chegou a estar a cotado a US$ 41,35 antes de recuperar parte das perdas dos últimos dias e encerrar o pregão valendo US$ 42,5, alta de 0,6% em relação ao preço de quinta-feira (13).
Na semana, porém, a commodity acumulou desvalorização de 3,1%, na sétima semana consecutiva de queda, a pior sequência para os produtores desde o início do ano.
Desde o seu pico de 2015, em junho, o produto já acumula um declínio superior a 30%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a queda é superior a 50% –em meados de agosto de 2014, o barril estava cotado em cerca de US$ 95.
A queda de preço nas últimas semanas é um reflexo de indicadores que mostram que o consumo global está em um ritmo inferior ao da produção. Para a Agência Internacional de Energia, esse excesso de oferta vai continuar até o ano que vem.
Já a Opep (cartel que reúne os grandes exportadores de petróleo) afirmou nesta semana que a sua produção, em julho, atingiu o maior patamar em mais de três anos.
CHINA
A queda nos preços de petróleo tem incentivado a China a aumentar seus estoques do combustível. Segundo levantamento do Bank of China, a importação chinesa da commodity em julho cresceu 31% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Para analistas, porém, as recentes medidas chinesas para desvalorizar o yuan (a moeda local) podem frear a demanda de Pequim.
No caso brasileiro, as vendas, em volume, de petróleo para a segunda maior economia global aumentaram 160% nos sete primeiros meses deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Em valores, no entanto, a alta foi mais modesta: 33%.
A China é o maior importador de petróleo do Brasil. O produto é o terceiro principal item de venda para o país asiático, somando US$ 2,7 bilhões até julho e sendo superado apenas pela soja e pelo minério de ferro.