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MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Brasil e Alemanha assinam acordo para farmacêuticos
O Ministério da Saúde assinou acordos para cooperação no setor de remédios com o governo alemão durante a visita da comitiva da presidente Angela Merkel a Brasília nesta quinta-feira (20).
Um dos entendimentos é para o desenvolvimento de um tipo específico de medicamentos, os biológicos, que possuem material vivo.
O acerto deve facilitar a produção de remédios oncológicos e antirreumáticos, diz Juliana Vallini, assessora de assuntos internacionais do Ministério da Saúde.
Hoje, os medicamentos biológicos representam um volume de 4% dos remédios adquiridos pelo SUS, mas ficam com uma fatia de 51% do orçamento destinado a compras desses produtos.
A ideia é começar parcerias pelas quais o governo brasileiro comprará produtos de empresas farmacêuticas alemãs. Em contrapartida, eles se comprometem a transferir a tecnologia para laboratórios estatais do Brasil, como o Instituto Fiocruz, em Manguinhos, no Rio.
O modelo é semelhante às parcerias de desenvolvimento produtivo. Neste ano, foram assinados 11 acordos como esse em medicamentos, sendo 6 biológicos, cujos contratos somam R$ 1,3 bilhão.
Pelo entendimento firmado com a Alemanha, "além de transferência de tecnologia, existe a possibilidade de formação e capacitação de profissionais dos laboratórios nacionais", diz Vallini.
Outra parte do acordo envolve a Anvisa. A agência brasileira irá ter acesso ao órgão semelhante da Alemanha para estudar como esse funciona, "para melhorar a eficiência e dar agilidade à Anvisa."
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TECNOLOGIA EM ALTA ESCALA
A unidade da Totvs que atende empresas com faturamento acima de R$ 1 bilhão fechou o primeiro semestre de 2015 com um crescimento de 23% no número de clientes em relação ao fim do ano passado.
São cerca de cem companhias –em uma carteira total de 27 mil empresas–, boa parte delas dos setores de manufatura, logística e agroindústria.
"Em momentos de incerteza, as empresas seguram um pouco as decisões de investimento, mas no segundo trimestre praticamente não perdemos negócio", diz Rodrigo Kede, diretor-presidente da companhia.
"Os clientes acabam decidindo porque mesmo com crise eles têm de ser mais eficientes e competitivos, e tecnologia é parte importante dessa equação." O executivo afirma não esperar um terceiro trimestre pior.
"Mesmo nos anos mais difíceis, o segundo semestre foi melhor do que o primeiro para o setor", afirma Kede. O "private" da companhia oferece um atendimento mais especializado e customizado ao cliente.
A Totvs ofereceu na semana passada R$ 550 milhões pela Bematech, especializada em varejo. A compra ainda depende da aprovação das assembleias das empresas e do Cade. As negociações se intensificaram nos últimos três meses.
R$ 1,8 bilhão
foi a receita líquida da Totvs no ano de 2014
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Incentivo... O governo de São Paulo vai isentar, a partir de setembro, o ICMS sobre a produção de energia elétrica por micro e minigeradores.
...energético Também haverá isenção para a fabricação de equipamentos para eletricidade solar e eólica, segundo a Secretaria Estadual de Energia.
Impulso A Memed, start-up que ajuda médicos a pesquisar remédios e fazer a prescrição eletrônica, venceu a etapa latino-americana do QPrize, da Qualcomm Ventures.
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FILÉ AMPLIADO
A Plena Alimentos, frigorífico com sede em Minas Gerais, vai investir cerca de R$ 30 milhões para expandir duas unidades do grupo.
A planta de Paraíso do Tocantins (TO), onde hoje ocorre apenas abate de gado, receberá uma fábrica para processamento de carnes.
"Com a instalação de linhas de desossa e fracionamento, vamos aumentar o valor agregado do produto", diz Marcos Antonio de Faria Maia, sócio da empresa.
Hoje, parte da carne proveniente do abate em Tocantins é transportada para processamento em uma fábrica do grupo em Contagem (MG).
A unidade mineira também receberá investimentos para produção de hambúrgueres e pratos prontos.
Mesmo com a crise econômica, a empresa projeta estabilidade no faturamento neste ano. Um dos motivos é o crescimento das exportações, segundo o empresário.
2.000
são os funcionários do grupo
1.400
é o volume diário de gado abatido por dia pela empresa
10%
é a participação atual das exportações na receita