Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Distribuidora de gás do PR investe R$ 230 mi em duto
A Compagas, distribuidora de gás natural do Paraná, vai iniciar um novo projeto de expansão rumo ao sudeste do Estado, com investimento de cerca de R$ 230 milhões.
O gasoduto terá 156 quilômetros, com início no município de Araucária, na região metropolitana de Curitiba, e término em São Mateus do Sul. Na primeira fase, o objetivo será levar o combustível até indústrias localizadas ao longo da rede dutoviária.
"As fábricas são sempre o foco inicial, pois consomem mais gás e isso é o que sustenta e dá rentabilidade ao investimento", diz Marco Aurélio Biesemeyer, da empresa.
Uma das indústrias que serão abastecidas é a Incepa, de revestimentos cerâmicos, que tem unidade em São Mateus. Hoje, ela recebe gás comprimido em caminhões.
A obra levará de dois anos e meio a três anos e será feita com recursos próprios e empréstimos –a distribuidora não informou a proporção do financiamento no total.
Apesar da restrição de gás natural em Estados do Sul, que estão na ponta final do gasoduto Brasil-Bolívia, Biesemeyer diz que ainda há margem para a expansão.
Do contrato de 1,8 milhão de m³ por dia recebidos da Petrobras, a concessionária vende cerca de 1,5 milhão.
Sobre os impactos da crise no consumo de gás, a companhia informou que houve queda, mas não detalhou números. O inverno menos rigoroso também contribuiu para a baixa, segundo o grupo.
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PASSO RÁPIDO
A marca Rainha, que faz parte do grupo Alpargatas, está com duas estratégias para atravessar o período de crise econômica.
Uma é a revisão do portfólio. Cerca de 10% de seus produtos foram cortados desde o começo deste ano.
"Estamos deixando apenas itens com maior demanda e de alto giro. Teremos um portfólio mais direto e atrativo", afirma o executivo responsável pela marca, Fernando Beer.
Hoje, a Rainha tem cerca de 250 modelos.
O outro foco é o reposicionamento no mercado. A empresa passará a desenvolver mais produtos que priorizam o conforto na prática de uma atividade física do que aqueles que ajudam o consumidor a ter uma alta performance esportiva.
"Fizemos uma pesquisa [de mercado] que mostra que o conforto é o principal atributo [procurado pelos consumidores]."
A Rainha também terá, a partir do próximo ano, uma loja on-line própria. "Estudamos para que todas as marcas da Alpargatas tenham um [e-commerce]."
Atualmente, as vendas eletrônicas da Rainha são feitas em sites de estabelecimentos parceiros. A previsão é que o canal da marca entre no ar no segundo trimestre de 2016.
Lojas físicas próprias, porém, estão fora do radar da empresa por enquanto.
R$ 996,6 milhões
foi a receita líquida do grupo Alpargatas no segundo trimestre deste ano
14%
foi a alta na comparação com o mesmo período de 2014
R$ 46 milhões
foi o lucro líquido do grupo (dono de marcas como Havaianas e Osklen)
102%
foi o incremento
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Exportação de eletroeletrônico deverá recuar 8% em 2015
Mesmo após o dólar ultrapassar a barreira dos R$ 4, as projeções de exportações de produtos eletroeletrônicos seguem negativas.
A estimativa da Abinee (associação da indústria do setor) é que haja uma retração de 8% nas vendas para outros países neste ano.
Se atingir esse resultado, o desempenho terá sido melhor que o de 2014, quando houve um recuo de 9,2% nos embarques. No acumulado até agosto deste ano, porém, a queda já é de 13,8%.
"Sem dúvidas, a desvalorização do real ajuda [a exportar]. O problema é que as decisões das empresas não são tomadas no calor dos acontecimentos", afirma o presidente da entidade, Humberto Barbato.
"As exportações devem ser retomadas gradativamente. Isso será devagar, porque havíamos perdido mercados importantes, como o americano", acrescenta.
A associação projeta que o dólar se estabilize entre R$ 3,60 e R$ 3,80.
R$ 6,5 bilhões
foram exportados pelo setor no ano passado
13,8%
foi o recuo das vendas para outros países no acumulado até agosto deste ano
16,2%
foi a queda no período no segmento de automação industrial
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CONSUMISMO EM FAMÍLIA
Seis em cada dez mães afirmam ceder à vontade dos filhos na hora das compras, segundo pesquisa do SPC. De acordo com o levantamento, quatro em cada dez admitem não adotar regras para presentear as crianças.
Roupas, doces e calçados aparecem no topo da lista de produtos adquiridos por impulso. O estudo também destaca que 17,4% delas reconhecem comprar presentes para justificar a ausência em casa.
"A gente sabe que a educação financeira começa desde cedo e as crianças tendem a repetir o exemplo dos pais", diz Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.
Foram ouvidas 843 mães com filhos com idade entre dois e 18 anos, nas 27 capitais.
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Brincadeira... As vendas no Dia das Crianças, em outubro, devem cair 2,8%, o que equivale ao pior resultado em 12 anos, de acordo com a CNC.
...apertada Com o poder de compra menor, o segmento que inclui brinquedos e eletrônicos deve ser o único a crescer na data, com alta de 4,6%.
Vento O grupo sueco Systemair, de ventilação, vai entrar no Brasil com a compra de 75% da Traydus Climatização, que tem fábrica em Itupeva (SP).