Empresa é restringida na Europa
Quando o Uber decidiu entrar no mercado europeu, em 2014, seguiu a estratégia que funcionou tão bem nos EUA: "É mais fácil pedir desculpas que pedir permissão".
Lançou o UberPop, que permite que proprietários comuns de automóveis, sem licença ou treinamento, ofereçam serviços de transporte ao público sem obter permissão prévia das autoridades para isso.
As autoridades regulatórias dos serviços de táxi europeus ficaram furiosas. Mas o Uber planejava rebater suas objeções mobilizando seus usuários, como havia feito nos EUA.
A estratégia de confronto, encorajada por Travis Kalanick, presidente da companhia, saiu pela culatra. Em junho, dois dos principais executivos da empresa foram presos. Serão julgados neste mês em Paris por acusações de "práticas comerciais enganosas" e "cumplicidade no exercício ilegal da profissão de taxista".
Escritórios do empresa passaram por revistas, motoristas foram presos e ela foi alvo de protestos irados em todo o continente.
Nos próximos meses, a companhia vai enfrentar uma série de processos judiciais e decisões regulatórias que podem forçá-la a abandonar pelo menos em parte o mercado europeu ou, pior, a mudar seu modelo de negócios.
Outros serviços, como o UberX, que na Europa utiliza taxistas licenciados, continuam a funcionar normalmente. Mas mesmo eles podem enfrentar restrições em mercados como o Reino Unido e a Hungria.