Hamas planejou matar chanceler, diz Israel
Serviço de inteligência anuncia prisão de quatro palestinos por suposto plano de atacar Lieberman na Cisjordânia
Conspiração foi frustrada por Shin Bet durante confrontos de Hamas e Israel em Gaza entre julho e agosto
Israel prendeu quatro palestinos suspeitos de planejar matar o ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, com um foguete antitanque quando ele voltava para sua residência em uma colônia israelense na Cisjordânia ocupada, anunciaram autoridades israelenses na sexta-feira (21).
A suposta conspiração foi frustrada durante os confrontos entre o grupo militante islâmico Hamas e Israel entre julho e agosto na faixa de Gaza, disse em um comunicado o Shin Bet, serviço de inteligência de Israel.
O Shin Bet identificou três dos detidos como membros do Hamas e, citando suas confissões sob interrogatório, disse que eles esperavam matar Lieberman para "mandar uma mensagem para o Estado de Israel que levaria a um fim a guerra em Gaza".
Os quatro palestinos vivem perto da colônia de Nokdim, onde Lieberman tem uma casa. Segundo o serviço de inteligência israelense, eles haviam realizado operações de monitoramento do comboio do chanceler e tentado obter armamento para atacá-lo.
A revelação foi feita em meio ao aumento de tensão entre Israel e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, que controla a Cisjordânia, após vários episódios de violência em Jerusalém.
O Hamas, que controla a faixa de Gaza, embora a região esteja formalmente sob o comando de Abbas, não confirmou nem negou as acusações de Israel.
"Não temos informações sobre isso. No entanto, salientamos que líderes da ocupação que sejam responsáveis pela morte de crianças e de mulheres e pelo desrespeito a locais sagrados são alvos legítimos da resistência", disse o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri.
O Shin Bet descreveu o suposto plano como um sinal de que o Hamas, que foi reprimido pelas forças de Abbas na Cisjordânia após a guerra civil palestina de 2007 em Gaza, está aumentando suas atividades no território e em Jerusalém Oriental.
Militantes do grupo sequestraram e mataram três israelenses na Cisjordânia em junho, o que fez judeus retaliarem matando um jovem palestino em Jerusalém. Logo depois, teve início o confronto de 50 dias em Gaza.