Grupo quer vetar filme sobre Coreia do Norte
Em comunicado, hackers que alegam ter atacado a Sony exigem que estúdio cancele lançamento de 'A Entrevista'
Comédia mostra um plano para matar ditador norte-coreano; regime vê produção como 'ato de guerra'
Um grupo que alega ter sido responsável pelo ataque cibernético contra a Sony Pictures Entertainment exigiu que a companhia cancele o lançamento de "A Entrevista".
Estrelado por Seth Rogen e James Franco, o filme é uma comédia sobre uma conspiração para matar o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un.
Comunicado publicado em um site de compartilhamento de arquivos na segunda-feira (8) disse que a Sony deve "parar imediatamente de exibir o filme de terrorismo que pode quebrar a paz regional e causar a guerra".
A carta foi assinada pelo desconhecido GOP, sigla do "Guardians of Peace" (Guardiões da Paz), que reivindicou a autoria do ciberataque contra a Sony iniciado no dia 24 de novembro. Não se sabe se o grupo tem relação com o regime norte-coreano.
Segundo o "Wall Street Journal", o ataque expôs dados de 47 mil funcionários e ex-funcionários da Sony, incluindo salários e endereços.
O governo da Coreia do Norte acusou "A Entrevista" de ser "patrocínio descarado ao terrorismo, bem como um ato de guerra".
Os norte-coreanos são os principais suspeitos de terem orquestrado o ataque, mas um diplomata de Pyongyang negou envolvimento do país.
Nesta terça (9), Joe Damarest, diretor-assistente do FBI (a polícia federal dos EUA), afirmou que não há confirmação de que a Coreia do Norte esteja envolvida no ataque.
LINKS PARA DOWNLOAD
O comunicado do GOP incluía links para downloads de vários gigabytes de novos dados supostamente roubados da Sony. A agência Reuters disse não ter condições de verificar se a carta foi publicada pelo mesmo grupo que revelou os outros documentos da companhia.
A nota afirma também que o GOP não está envolvido num e-mail com ameaças enviado a funcionários da Sony na sexta-feira (5) e também atribuído ao grupo.
Os documentos divulgados na segunda-feira (8) incluíam um e-mail de 21 de novembro para a Sony Pictures que exigia "compensações monetárias" para evitar "grandes danos" ao estúdio, segundo o website "Mashable".