Autoridade Palestina é condenada a pagar por atentados
Entidade terá de indenizar vítimas americanas de ataques em US$ 218,5 mi, decide júri de Nova York; cabe recurso
Um júri popular em Nova York condenou nesta segunda-feira (23) a Autoridade Palestina e a OLP (Organização para a Liberação Palestina) a pagarem US$ 218,5 milhões em indenizações às vítimas norte-americanas de seis ataques terroristas ocorridos em Israel entre 2002 e 2004.
As organizações foram consideradas culpadas de fornecer apoio material aos ataques, que mataram 33 pessoas e feriram mais de 450.
O processo foi iniciado em 2004 por dez famílias com base no Ato Antiterrorismo dos Estados Unidos, que permite que cidadãos americanos vítimas de ataques fora do país entrem com ações na Justiça americana.
Por esta lei, a pena que foi aplicada pelo júri pode ser triplicada --chegando a US$ 655,5 milhões.
"O dinheiro é o oxigênio do terrorismo", afirmou um dos advogados das famílias, Kent Yalowitz, em seus argumentos finais.
De acordo com ele, a lei permite atingir "aqueles que enviam terroristas onde mais lhes dói: no bolso".
A defesa afirma que não há provas do apoio das duas organizações aos ataques, ainda que membros de suas forças de segurança tenham sido condenados em Israel por seu envolvimento nos atos terroristas.
"O que eles fizeram, fizeram por razões próprias."
RECURSO
Em nota, os grupos palestinos se disseram "profundamente desapontados" com a condenação e afirmaram que pretendem recorrer do veredicto, mas não trataram de sua capacidade financeira para pagar as indenizações.
Os advogados das famílias afirmaram que, caso se recusem a pagar, as organizações podem ter seus ativos nos Estados Unidos e em território estrangeiro confiscados.