Casa Branca investiga acidente com seguranças embriagados
Batida de carro é novo escândalo do serviço de proteção de Obama
O governo norte-americano investiga um acidente de carro ao lado da Casa Branca, ocorrido na semana passada, que teria sido causado por dois agentes do Serviço Secreto dirigindo bêbados.
De acordo com fontes ouvidas pelo jornal "The Washington Post", agentes da polícia e do Serviço Secreto haviam isolado uma área próxima à Freedom Plaza, a poucos metros do perímetro da Casa Branca, para analisar um pacote suspeito quando o carro invadiu o local e acabou batendo no bloqueio.
Mark Connolly, encarregado dos detalhes da segurança do presidente, e George Ogilvie, um supervisor sênior do escritório de Washington, haviam estado em um bar para celebrar a despedida do porta-voz do Serviço Secreto, Edwin Donovan.
A princípio, os agentes seriam detidos e obrigados a fazer um teste de embriaguez, mas o supervisor do turno determinou que eles fossem para suas casas.
O episódio será investigado pelo inspetor-geral do Departamento de Segurança Nacional, a pedido do diretor do Serviço Secreto da Presidência, Joseph Clancy.
O porta-voz Brian Leary confirmou a investigação e afirmou que, "se for identificada má conduta, as ações apropriadas serão tomadas baseadas nas regras e regulações estabelecidas."
Os dois agentes envolvidos no caso foram colocados em funções não operacionais até o fim das investigações.
O presidente Barack Obama teria se mostrado "desapontado ao ouvir as acusações" sobre a conduta dos agentes, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Eric Schultz, a repórteres.
MAU HISTÓRICO
O incidente da semana passada é o primeiro sob a supervisão de Clancy, oficializado no cargo no mês passado depois de passar quatro meses como diretor interino.
Ele foi apontado por Obama para a função depois que a antiga diretora, Julia Pierson, renunciou, em outubro do ano passado.
Pierson não resistiu à pressão política após a revelação de que um homem invadiu a Casa Branca depois de pular a cerca da residência oficial do presidente.
Ela havia assumido em março de 2013, justamente com a incumbência de recuperar a imagem do Serviço Secreto após um escândalo envolvendo agentes e prostitutas durante uma visita presidencial à Colômbia em 2012.